Peter
Se me perguntassem como estou me sentindo, com certeza, diria que o homem mais feliz do mundo.
Minha pequena Jujuba, linda e aqui do nosso lado. Nunca imaginei que isso iria acontecer, pedi mil vezes a Deus, mas nada me fez sonhar com esse momento. Foi perfeito.
Estamos na festa, e Julie foi trocar o Luquinha, ela saiu toda emocionada, pois seria sua primeira vez.
- Peter, onde está Julie?- Lívia pergunta.
- Foi trocar o Luquinha.
- Ela está tão linda, nem parece que... - ela não consegue terminar, as lágrimas ameaçam a sair.
- Hei, acabou. Ela esta aqui conosco. Agora poderemos ser uma família, e você também formará a sua, minha irmã de outra mãe. - digo a abraçando e ela segura o choro.
- Isso aí. É noite de festa. E eu tive uma idéia, e se você aceitar, será meu maior presente.- olho para ela e nem imagino o que é, mas farei o que for para sua felicidade.
A festa prosseguiu, e nosso pequena Luquinha dormiu. Como o espaço era muito grande, tinha todo um aparato para crianças e bebês, e ele mais outros bebês foram colocados em um quarto, com toda estrutura e duas babás contratadas pela Lívia. Assim nós pais, poderíamos curtir mais a festa, sabendo que nossos filhos estavam bem, e perto de nós. Mais um carinho de Lívia para seus convidados.
- Peter, Luquinha esta tão lindo. - Julie me abraça quando retorna.
- Sim. E a mãe dele também. - beijo sua testa. - Você não sabe o quanto sofri, quanto pedi para você voltar para nós. Te amo tanto Julie.
- Eu sei. Eu escutava você todos os dias.- ela fala e fico perplexo.
- Escutava?
- Sim, sei quando Luqinha teve febre, quando tinha acho que três meses. Ouvir seu desespero e não poder lhe ajudar, me matava por dentro. Todos os bolinhos que você comemorou os meses deles, os temas, não lembro de todos, mas alguns sim. Todos os dias ouvir sua voz e saber que nunca desistiu, me dava forças para lutar. Eu tentava falar, mecher as mãos ou qualquer parte do corpo, mas nada respondia, e quando você se despedia, eu chorava por dentro.
- Meu amor, eu nunca desistiria, poderia passar mais um ano, ou dez, eu estaria lhe esperando. De Janeiro a Janeiro.
- Sei tambem da atitude de meu pai. Mas sei o mais importante, que sempre fui uma filha que o amou muito. Se ele não for capaz de reconhecer isso, eu não posso fazer nada. Hoje, eu tenho um filho, e tenho você, nada mais importante que isso, o nosso amor. Eu te amo Peter, sempre amei.- ela se declara e eu a ergo nos braços rodando de alegria.
- Hei, vocês dois, venham, vou jogar o buquê. - Livia nos chama.
- Vai lá amor, e pegue esse buquê, pois a próxima será você. - digo e ela se afasta.
Lívia
Ver Peter e Julie, sem dúvida alguma foi a cereja do bolo. Nada me faria mais feliz que tê los aqui hoje.
Sigo para uma espécie de palco, onde a cerimonialista conduz meus atos. Me entrega o microfone para que eu aproveite a atenção de todos agradecendo a presença e após possa jogar o buquê.
Gael, fica ao meu lado, me dando apoio.
- Boa noite a todos vocês meu amigos e familiares. Eu e Gael, somos gratos por cada um de vocês estarem aqui hoje. Passamos... é nós ...passamos por muitos momentos difíceis, mas tudo serviu para nos aproximar mais. Hoje sei que na vida, temos momentos bons e outros ruim. Mas um marca e o outro ensina. E eu aprendi muito, e sei que o que vale é isso aqui. Ter em volta os amigos, e nossa família, minha base. Amo vocês. Amor, quer falar alguma coisa?- pergunto ao Gael.
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De Janeiro a Janeiro
Romantizm- Um beijo Livia.- ele pede. - Nunca. Prefiro beijar um sapo. - minto claro, porque "sou dessas". - Seu desejo é uma ordem. - me toma nos braços e me beija e que beijo. - Seu cretino, por acaso é sapo agora? - Não mais, agora virei seu príncipe...