✏Capítulo 45♥️

448 67 11
                                    

Peter

Hoje tem a consulta da Julie, e aconteceu um acidente, e não pude sair e nem consegui ligar para ela. O hospital esta um caos. Muitos feridos, um ônibus caiu em uma encosta, e capotou, deixando vários feridos e alguns vieram a óbito. Muito triste.

Só agora, depois de quase seis horas que estou indo embora. Ligo em seu celular,  e a mesma não atende.  Deve estar chateada,  com razão. Ja não tem o pai do bebê,  e eu que me intitulei a esse cargo,  ja não cumpri com minha obrigação. Fracasso seria o meu nome.

Cheguei em casa, e tomei banho,  não quero ir vê la, sujo. Depois de alguns minutos, pronto, e morto de fome, desço para ir ao apartamento dela. Depois peço algo para jantarmos.

Já na sua porta,  toco a campainha e nada. Ligo em seu celular e nada.

Ja estou ficando preocupado.  E se ela passou mal, droga Peter, como você não pediu a chaves do apartamento dela? Continuo tentando, até que a porta do elevador se abre, e ela sai do mesmo, cabisbaixa.

- Julie? Onde você estava? Está tudo bem?- encho a mesma de perguntas  e o que recebo, é apenas um olhar frio.

Julie,  passa ao meu lado, abre a porta,  não a fecha, que ja é grande coisa, e adentra ao apartamento.  Eu a sigo, e a mesma vai para o quarto, pega seu roupão,  e segue para o banheiro,  claro que batendo a porta na minha cara.

Volto para sala. Não tenho o que fazer,  se não aguardar, que ela se acalme e retorne a sala.

Meia hora depois. Isso ai minha gente. Meia hora depois, ela surge, linda em seu roupão pink. Passa pelo vaso, que no caso sou eu, e segue para cozinha.

- Julie. Eu não jantei, e você também não deve ter jantado. Posso pedir algo para comermos?- peço,  rezando wur aceite.

- Tudo bem. - diz somente, e senta no sofá.

- O que quer? Pode ser pizza?

- Sim. Com palmito. - pede ser olhar para mim.

Ligo, faço o pedido, e desligo o celular.

- Julie, eu não fui na consulta, porque...

- Peter, não precisa se justificar o injustificável.  Eu não te pedi nada. Você que ficou falando que iria ser como pai para o bebê. Mas ja vi, que a carga vai ser pesada demais.

- Não. Claro que não é isso. Pelo amor de Deus Julie. Eu amo esse bebê,  eu não conegui ir, porque houve um acidente gravissimo, e com muitas vítimas. E não pude sair no meu horário.  Só foi isso, eu juro. Acredita em mim?

Ela levanta, vai para cozinha,  pega um copo, coloca agua gelada. Respira fundo e olha para mim, ja com lágrimas nos olhos.

- Jujuba, o que foi? Por favor,  não chore.

- Peter... o bebê,  ele... ele...

- É menino? Não acredito.  Nossa, vou jogar muito futebol com ele. Vamos azarar as meninas,  e nem vem com ciúmes heim. Jujuba,  eu nem acredito. -falo como um louco, e ela trava. Ja sei, ja ouvi falar disso. As mães morrem de ciúmes dos filhos homens. Coitado do meu pequeno. Está perdido.

- Mas e aí? Como ele está?

- É... está bem, ele.... ele, está forte como um touro.

Percebo que ela ainda está distante,  mas prefiro mudar de assunto. Conto do acidente,  e alguns assuntos aleatórios.  O porteiro avisa que a pizza chegou,  e desco para buscar.

Julie

Meu Deus, ouvir o Peter todo empolgado com o bebê.  Achando que era menino. Eu não tive reação,  fiquei sem saber o que fazer. Nem desmenti o sexo, de tão atordoada que fiquei. Mas o pior, foi ele falar os planos,  e suas aventuras, e só eu saber que meu filho, não poderá fazer tudo isso. Ou poderá? Meu Deus, eu preciso estudar sobre. Não conheço ninguém que tenha filho com síndrome de down,  e nunca me interessei pelo assunto. Realmente, sou leiga e não sei nada. E  preciso estar pronta para poder cuidar do meu bebê,  o preparando para a vida e protegendo ele. Mas isso, acho que é nossa função de mãe não é?

De Janeiro a Janeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora