Peter
Hoje tem a consulta da Julie, e aconteceu um acidente, e não pude sair e nem consegui ligar para ela. O hospital esta um caos. Muitos feridos, um ônibus caiu em uma encosta, e capotou, deixando vários feridos e alguns vieram a óbito. Muito triste.
Só agora, depois de quase seis horas que estou indo embora. Ligo em seu celular, e a mesma não atende. Deve estar chateada, com razão. Ja não tem o pai do bebê, e eu que me intitulei a esse cargo, ja não cumpri com minha obrigação. Fracasso seria o meu nome.
Cheguei em casa, e tomei banho, não quero ir vê la, sujo. Depois de alguns minutos, pronto, e morto de fome, desço para ir ao apartamento dela. Depois peço algo para jantarmos.
Já na sua porta, toco a campainha e nada. Ligo em seu celular e nada.
Ja estou ficando preocupado. E se ela passou mal, droga Peter, como você não pediu a chaves do apartamento dela? Continuo tentando, até que a porta do elevador se abre, e ela sai do mesmo, cabisbaixa.
- Julie? Onde você estava? Está tudo bem?- encho a mesma de perguntas e o que recebo, é apenas um olhar frio.
Julie, passa ao meu lado, abre a porta, não a fecha, que ja é grande coisa, e adentra ao apartamento. Eu a sigo, e a mesma vai para o quarto, pega seu roupão, e segue para o banheiro, claro que batendo a porta na minha cara.
Volto para sala. Não tenho o que fazer, se não aguardar, que ela se acalme e retorne a sala.
Meia hora depois. Isso ai minha gente. Meia hora depois, ela surge, linda em seu roupão pink. Passa pelo vaso, que no caso sou eu, e segue para cozinha.
- Julie. Eu não jantei, e você também não deve ter jantado. Posso pedir algo para comermos?- peço, rezando wur aceite.
- Tudo bem. - diz somente, e senta no sofá.
- O que quer? Pode ser pizza?
- Sim. Com palmito. - pede ser olhar para mim.
Ligo, faço o pedido, e desligo o celular.
- Julie, eu não fui na consulta, porque...
- Peter, não precisa se justificar o injustificável. Eu não te pedi nada. Você que ficou falando que iria ser como pai para o bebê. Mas ja vi, que a carga vai ser pesada demais.
- Não. Claro que não é isso. Pelo amor de Deus Julie. Eu amo esse bebê, eu não conegui ir, porque houve um acidente gravissimo, e com muitas vítimas. E não pude sair no meu horário. Só foi isso, eu juro. Acredita em mim?
Ela levanta, vai para cozinha, pega um copo, coloca agua gelada. Respira fundo e olha para mim, ja com lágrimas nos olhos.
- Jujuba, o que foi? Por favor, não chore.
- Peter... o bebê, ele... ele...
- É menino? Não acredito. Nossa, vou jogar muito futebol com ele. Vamos azarar as meninas, e nem vem com ciúmes heim. Jujuba, eu nem acredito. -falo como um louco, e ela trava. Ja sei, ja ouvi falar disso. As mães morrem de ciúmes dos filhos homens. Coitado do meu pequeno. Está perdido.
- Mas e aí? Como ele está?
- É... está bem, ele.... ele, está forte como um touro.
Percebo que ela ainda está distante, mas prefiro mudar de assunto. Conto do acidente, e alguns assuntos aleatórios. O porteiro avisa que a pizza chegou, e desco para buscar.
Julie
Meu Deus, ouvir o Peter todo empolgado com o bebê. Achando que era menino. Eu não tive reação, fiquei sem saber o que fazer. Nem desmenti o sexo, de tão atordoada que fiquei. Mas o pior, foi ele falar os planos, e suas aventuras, e só eu saber que meu filho, não poderá fazer tudo isso. Ou poderá? Meu Deus, eu preciso estudar sobre. Não conheço ninguém que tenha filho com síndrome de down, e nunca me interessei pelo assunto. Realmente, sou leiga e não sei nada. E preciso estar pronta para poder cuidar do meu bebê, o preparando para a vida e protegendo ele. Mas isso, acho que é nossa função de mãe não é?
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De Janeiro a Janeiro
Romance- Um beijo Livia.- ele pede. - Nunca. Prefiro beijar um sapo. - minto claro, porque "sou dessas". - Seu desejo é uma ordem. - me toma nos braços e me beija e que beijo. - Seu cretino, por acaso é sapo agora? - Não mais, agora virei seu príncipe...