✏Capitulo 28♥️

513 82 9
                                    

Peter

- Jujuba, hoje vou almoçar com minha mãe, quer ir?- pergunto ligando para ela.

- Que pena Pan, não vou conseguir ir, mas manda um beijão para tia.- ela me chama de Pan toda vez que a chamo de Jujuba.

- Mando sim, até a noite.- desligo e sigo para o restaurante que marcamos de nos encontrar.

Vou a pé, pois o restaurante é na mesma quadra do hospital. Entro e procuro minha mãe, que ja avisou por mensagem que ja tinha pego uma mesa.

À vejo sentada e caminho até ela.

- Oi mãe, está linda. - beijo seu rosto.

- Oi filho, você também. Um pouco magro, está se alimentando direito?
- ela não perde a mania.

- Sim dona Lucia, e aí como estão todos?-

- Seu pai, ja viu né, agora que se aposentou, só vive viajando com os amigos e pescando. Eu odeio pescaria então nunca acompanho. Diz ele que nunca pôde fazer isso, e que agora vai viver viajando, a ultima que ele inventou foi que vai comprar um trailer e que vamos dar a volta ao Brasil, de uma ponta a outra. - ela diz rindo.

- Mãe, deixa ele realizar seus sonhos, que bom seria se todos pudessem realizar seus sonhos depois de aposentados, e ainda mais com saúde.

- Sim. Eu sempre digo que seu tio deveria seguir os passos de seu pai. Mas aquele teimoso não me escuta. - ela se refere ao meu tio, seu irmão, pai de Julie.

- Mãe, o tio sempre foi severo com todos em sua volta e com ele mesmo.

- Sim, afastou se de Julie só porque a menina quis seguir seus sonhos. Não que eu também aprove, pois morro de medo de algo acontecer à ela. Mas um pai sempre tem que querer a felicidade dos filhos. Mas ele não pensa assim.

- Mãe, ela sofre tanto.

- Essa menina ela já sofreu tanto e nem...nem assim aquele idiota reflete.

- Mãe, ele um dia vai se arrepender.

- Se fosse para fazer isso com a menina, antes nunca tivesse...- ela congela, pois pelo que entendi sabe de alguma coisa.

- Nunca tivesse o que mãe?

- Nada filho, deixa para lá.

- Não...não. Diga dona Lucia, o que a senhora sabe que eu não sei.

- Filho, por favor, eu não posso, não tenho o direito.

- Direito do que mãe? Fale ande?- estou nervoso e ela também.

- Filho, pelo amor de Deus, o que eu vou te falar, não pode sair daqui.

- Fala mãe, pelo amor de Deus.

- Julie, ela...ela é adotada.- como assim?

- A...adota? Impossível mãe. Ela...ela é minha prima.

- Sim filho, mas não de sangue. Ela é filha de um casal que morava próximo aos seus tios, e na época esse casal estava passando por muitas dificuldades financeiras, e pediram para meu irmão cuidar dela. E ele como sempre foi correto, fez tudo certinho. Registrou como filha, pois ela veio para nós com oito meses de nascida, e nem regsitrada era, chegou fraquinha, bem doente, com anemia bem forte. - minha mãe fala, e eu só escutei que ela não é minha prima de sangue.

- Mãe, porque nunca falaram isso para ela?

- Sua tia sempre quis, mas seu tio nunca permitiu.

- Meu Deus, eu...eu nem sei o que dizer.- uma mistura de akegria e medo, medo da dor dela quando descobrir.

- Filho, não se meta nessa história, por favor.

De Janeiro a Janeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora