Peter
- Jujuba, hoje vou almoçar com minha mãe, quer ir?- pergunto ligando para ela.
- Que pena Pan, não vou conseguir ir, mas manda um beijão para tia.- ela me chama de Pan toda vez que a chamo de Jujuba.
- Mando sim, até a noite.- desligo e sigo para o restaurante que marcamos de nos encontrar.
Vou a pé, pois o restaurante é na mesma quadra do hospital. Entro e procuro minha mãe, que ja avisou por mensagem que ja tinha pego uma mesa.
À vejo sentada e caminho até ela.
- Oi mãe, está linda. - beijo seu rosto.
- Oi filho, você também. Um pouco magro, está se alimentando direito?
- ela não perde a mania.- Sim dona Lucia, e aí como estão todos?-
- Seu pai, ja viu né, agora que se aposentou, só vive viajando com os amigos e pescando. Eu odeio pescaria então nunca acompanho. Diz ele que nunca pôde fazer isso, e que agora vai viver viajando, a ultima que ele inventou foi que vai comprar um trailer e que vamos dar a volta ao Brasil, de uma ponta a outra. - ela diz rindo.
- Mãe, deixa ele realizar seus sonhos, que bom seria se todos pudessem realizar seus sonhos depois de aposentados, e ainda mais com saúde.
- Sim. Eu sempre digo que seu tio deveria seguir os passos de seu pai. Mas aquele teimoso não me escuta. - ela se refere ao meu tio, seu irmão, pai de Julie.
- Mãe, o tio sempre foi severo com todos em sua volta e com ele mesmo.
- Sim, afastou se de Julie só porque a menina quis seguir seus sonhos. Não que eu também aprove, pois morro de medo de algo acontecer à ela. Mas um pai sempre tem que querer a felicidade dos filhos. Mas ele não pensa assim.
- Mãe, ela sofre tanto.
- Essa menina ela já sofreu tanto e nem...nem assim aquele idiota reflete.
- Mãe, ele um dia vai se arrepender.
- Se fosse para fazer isso com a menina, antes nunca tivesse...- ela congela, pois pelo que entendi sabe de alguma coisa.
- Nunca tivesse o que mãe?
- Nada filho, deixa para lá.
- Não...não. Diga dona Lucia, o que a senhora sabe que eu não sei.
- Filho, por favor, eu não posso, não tenho o direito.
- Direito do que mãe? Fale ande?- estou nervoso e ela também.
- Filho, pelo amor de Deus, o que eu vou te falar, não pode sair daqui.
- Fala mãe, pelo amor de Deus.
- Julie, ela...ela é adotada.- como assim?
- A...adota? Impossível mãe. Ela...ela é minha prima.
- Sim filho, mas não de sangue. Ela é filha de um casal que morava próximo aos seus tios, e na época esse casal estava passando por muitas dificuldades financeiras, e pediram para meu irmão cuidar dela. E ele como sempre foi correto, fez tudo certinho. Registrou como filha, pois ela veio para nós com oito meses de nascida, e nem regsitrada era, chegou fraquinha, bem doente, com anemia bem forte. - minha mãe fala, e eu só escutei que ela não é minha prima de sangue.
- Mãe, porque nunca falaram isso para ela?
- Sua tia sempre quis, mas seu tio nunca permitiu.
- Meu Deus, eu...eu nem sei o que dizer.- uma mistura de akegria e medo, medo da dor dela quando descobrir.
- Filho, não se meta nessa história, por favor.
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De Janeiro a Janeiro
Romance- Um beijo Livia.- ele pede. - Nunca. Prefiro beijar um sapo. - minto claro, porque "sou dessas". - Seu desejo é uma ordem. - me toma nos braços e me beija e que beijo. - Seu cretino, por acaso é sapo agora? - Não mais, agora virei seu príncipe...