Lívia
Não posso acreditar que me envolvi com meu chefe. Isso tem tudo para dar errado. Porque além de gerar desconforto se descobrirem, ainda tem o fator que se um dia acabar... acabo na estatística do desemprego.
Saio da banheiro e vou para a minha mesa, pedindo a Deus que não cruze com Iam, nem sei como reagirei.
O dia transcorreu super bem, e não vi Iam. Ele me ligou, mas eu não atendi. Enfim chegou o fim do expediente, entro no elevador e tem algumas pessoas tambem descendo. Quando chegamos ao térreo, sigo para o estacionamento e para minha surpresa, Iam na minha frente, acho que deve ter usado um elevador privativo da Diretoria, caminha em direção ao que acredito ser seu carro. E para meu desespero o meu está depois do dele. Paro e não sei o que faço, então me viro e penso em voltar e esperar ele ir embora.
- LÍVIAAA...Lívia.- grita Sol, e em suas mãos estão meu crachá, que não sei como foi cair.- Seu crachá Lívia, achei e lembrei que você vem de carro, e sem ele não saí. - sim é um fato, sem o crachá a cancela não abre.
- Obrigada Sol.- ela se despede e volta e quando me viro, eis que Iam está parado na frente do seu carro, com os braços cruzados e com uma expressão que nem sei descrever.
Caminho até ele, já que não tem outro jeito.
- Oi.- digo, sem saber na verdade o que dizer.
- De todos os lugares que já sonhei em te encontrar, aqui foi o melhor, e esse crachá? Você trabalha aqui?
- Sim "chefe "!- digo sem ânimo.
- Chefe? Achei que estava já em um patamar mais elevado na sua vida?
- Iam... eu...eu descobri hoje, na hora reunião que você é meu chefe, e isso é bem estranho.
- Olha, vamos conversar ok? Mas não aqui, estou com fome, podemos ir comer algo, o que acha?
- Iam, tenho aula, eu...eu não posso.
- Lívia, por favor. Tem algo muito importante que não possa faltar?- ele pergunta com uma carinha tão doce que não consigo fugir.
- Tudo bem, eu vou no meu carro e te sigo.
- Mas será que não mereço pelo menos um beijinho da minha namorada?- senhor me ajuda...preciso ser forte.
- Iam, por favor aqui não. Precisamos conversar. - dito isso, arrumo forças de Nárnia para não pular naqueles braços musculosos maravilhosos, e sigo para meu carro. O mesmo ainda que contrariado segue para o seu e da partida e eu o sigo, queimando meus neurônios, tentando imaginar como sairei dessa "presepada" do destino.
Ele anda por cerca de vinte minutos e adentra por um grande portão, que tudo indica ser um condomínio fechado. Ou seja, sua casa, "socorro".
Estaciono atrás de seu carro, e logo ele vem e abre minha porta, e sem me dar qualquer chance, me beija, e me perco todinha, pois seu beijo é firme, sexy, perfeito.
Entramos em sua casa, e claro aue "casa" é a minha, pois isso aqui, só pode ter sido decorado "Candice", a diva do designer.
Ai minha nossa, ele diz que vai tirar sua roupa, e pede que eu fique a vontade, mas para meu desespero, o infeliz aparece sem camisa.Porque todo cara que tem barriga tanquinho, fica se exibindo assim?
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De Janeiro a Janeiro
Romance- Um beijo Livia.- ele pede. - Nunca. Prefiro beijar um sapo. - minto claro, porque "sou dessas". - Seu desejo é uma ordem. - me toma nos braços e me beija e que beijo. - Seu cretino, por acaso é sapo agora? - Não mais, agora virei seu príncipe...