Um mês depois.
Peter
Estou ficando maluco, Julie se mudou a duas semanas, e não consegui uma maneira de impedi-lá.
Ela antes de se mudar, foi visitar seus pais, eu íria junto, porém houve um acidente grave, com muitas vítimas, e não pude me ausentar do hospital. Hoje estou na casa do meu tio, pai de Julie, por ser um sábado e estar de folga, vim tentar encontrar uma maneira de reverter essa situação que está me matando.
- Tio, posso entrar?- bato na porta de seu escritório.
- Sim filho, entre.- ele diz ainda sentado lendo um jornal. - E aí como estão as coisas no hospital?- ele tira o óculos e me olha.
- Estão bem tio.
- Sabe, feliz é seu pai que tem você que assumiu seu legado. - lá vem ele atacar a filha.
- Tio, eu amo minha profissão. Nós temos que gostar para aguentar a jornada.
- Eu sei filho, e minha maior decepção é Julie, apostei tanto naquela menina e veja o resultado?
- Tio, ela é sua filha, independente de sua profissão não?- olho para ele esperando um deslize.
- Sim, mas não é porque é minha filha que aceito todas as suas escolhas.
- Tio, Julie é sua única filha, tem que apoiar suas decisões, por mais que não concorde.
- Não aceito, essa menina me deve, ela...- ele percebe que iria falar de mais e se cala.
- Deve o que tio?- pergunto vai que ele se abre.
- Fiz de tudo por ela. Um pai cria, educa, mostra o caminho e mesmo assim, os filhos vão ao sentido contrário. Eu não aceito, e já passei a ela minha posição, se ela não desistir dessa carreira de merda na polícia, irei deserdá-la.
- Tio, não tem algo que sei lá, pudesse fazer ela mudar de idéia? Quem sabe se o senhor...
- Peter, Julie é uma mula empacada. Não sei a quem essa menina puxou. - ele diz andando de um lado para o outro.
- Eu ainda acho que...
- Chega desse assunto, estou velho de mais para passar tanta raiva, ela vai me matar e escreve ai, vou culpá lá sempre. - meu Deus, juro que não entendo.
Ja vi que dele não sairá nada, pois se quer o entendo, ele sabe que só tem o poder sendo o pai, e mesmo assim seu hibope esta em baixa com minha diabinha.
Tem que existir um jeito, ou vou enlouquecer. Talvez, deva jogar com o emocional dela. Primeiro preciso que ela volte para seu apartamento, depois resolvo o resto. A distância agora esta sendo minha maior inimiga.
Subo para o quarto, após o jantar, amanhã volto para casa, e com a certeza que perdi foi o meu tempo. Chamo Julie no Skype, e ela aparece. Um pouco abatida.
- Oi jujuba, o que você tem? Está pálida. - afirmo.
- Eu... eu peguei uma virose.
- O que está sentindo?
- Enjoos, cansaço, diarréia, dor de cabeça. - diz desanimada.
- Estou indo aí, se eu correr, eu...
- Está maluco? Negativo, estou bem e ja fui medicada. Os sintomas irão durar cerca de cinco dias, ja estou no terceiro.
- Falei com você ontem, e não me disse nada, e não estava assim.
- Estava sim, você que não percebeu.
- Está vendo, se você estivesse aqui, eu estaria cuidando de você, agora longe desse jeito, fico aqui, com as mãos atadas. E coração apertado.
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De Janeiro a Janeiro
Romance- Um beijo Livia.- ele pede. - Nunca. Prefiro beijar um sapo. - minto claro, porque "sou dessas". - Seu desejo é uma ordem. - me toma nos braços e me beija e que beijo. - Seu cretino, por acaso é sapo agora? - Não mais, agora virei seu príncipe...