Lívia
Acordo meio zonza, estou em um quarto que não é o meu. A decoração é muito bonita, móveis claros, em contraste com objetos de decoração escuros. O silêncio reina no quarto, mas eu preciso saber onde estou, e quem me trouxe. Me recordo que estava com Iam, e depois tudo se apaga.
Me levanto da cama, mas mal dou dois passos, e fico zonza. Sento novamente, até me sentir segura para ir adiante. Mas escuto passos, e meu coração dispara. Meu Deus, quem será que está vindo? Não faço idéia, mas permaneço onde estou.
A porta se abre, e não acredito no que meus olhos vêem.
- I...Iam?Você...você, eu... mas como?- fico sem palavras, ao ver ele em pé.
- Como você está minha princesa?- ele diz essa palavra e me arrepio toda, tudo que vivi vem a minha cabeça.
- Iam, como você está assim?- aponto para seus pés.
- Estou como sempre estive princesa. Gozando de muita saúde fisica e mental. - diz e anda em direção a janela e abre a cortina, fazendo com que a claridade do dia entre quarto a dentro.
- Como assim? Iam, você não me disse que tinha parado com o tratamento? E o que eu estou fazendo aqui?
- Ora, ora princesa, não acredito que ainda ache, que um dia eu fui um inválido? Sempre achei você mais inteligente que isso.
- Você. Seu infeliz, você fingiu esse tempo todo? EU NÃO ACREDITO. COMO SOU BURRA. SEU FILHO DE UMA MÃE. PORQUE FEZ ISSO? NOSSA EU TE ODEIO IAM.- grito e vou para cima dele, batendo em seu peito.
- Princesa, me diverti muito. Confesso que muitas vezes, quis te prender naquela casa, e não deixá la partir mais.
- Naquela casa? Como assim? Não estamos na sua casa?
- Claro que sim. Mas em outra casa.
- Iam. Ok, se divertiu bastante seu babaca, agora me leve para minha casa. Agora. - falo em pé, olhando em seus olhos.
- Sua casa é aqui. Com seu marido.- ele diz rindo.
- Bateu a cabeça foi? Nós somos separados lembra? Hum? Separados. Divorciados, idiota.
- Ok. Você está nervosa, é até muito compreensível. Ficou muito tempo longe de mim. Mas agora chega. Você é minha. Sempre foi e nada e nem ninguém mudará isso. Agora, vá tomar banho, se trocar. Estou la em baixo, te esperando para o café da manhã. E não demore. Odeio esperar.
Ele diz isso e sai rindo. Fechando a porta atrás de si. Eu não acredito que vou passar por isso de novo. Não posso meu Deus.
Ando de um lado para o outro. Sem saber como agir. Mas talvez, só talvez seja diferente dessa vez. Tenho que ser esperta, preciso pensar em como sair daqui. Que aliás, onde será que estou?
Decido tomar banho fazer o que ele pediu. Com louco, louca deve ser.
Após me trocat, desço, e olho ao redor, e não reconheço o lugar. Nunca estive aqui. Caminho até onde acredito ser a sala de jantar, e lá está ele sentado, me aguardando.
- Venha meu amor, sente- se aqui. - ele aponta a cadeira ao seu lado esquerdo.
- Iam, preciso ir embora. Meus paos devem estar malucos atrás de mim.
- Fique tranquila amor eles sabem onde está.
- Sabem? Como assim? Iam, não gosto desse tipo de jogo. Ande, fale onde estou. Me de meu celular. Quero falar com meus pais.
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De Janeiro a Janeiro
Romance- Um beijo Livia.- ele pede. - Nunca. Prefiro beijar um sapo. - minto claro, porque "sou dessas". - Seu desejo é uma ordem. - me toma nos braços e me beija e que beijo. - Seu cretino, por acaso é sapo agora? - Não mais, agora virei seu príncipe...