Capítulo 18

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Ryan continua...

- Ele está em coma induzido... eles tentaram deixar ele acordado, mas ele ficou muito agitado, e só chama pelo seu nome... – Ryan para mais uma vez, lagrimas escorrem pelo seu rosto...

- Me desculpe Louise, a culpa é minha, que tipo de amigo eu sou? Eu nunca deveria ter deixado ele sair da minha casa naquele estado! – ele fala despencando em meus braços chorando pesadamente...

- A culpa não é sua Ry... A culpa é minha... eu que nunca devia ter ido embora, era obvio que nós dois nos amávamos, eu fui tola, nunca deveria ter deixado ele, eu fui egoísta pensei apenas em mim, fui imatura... – Falo essas palavras me desabando em lagrimas... sentindo a dor em meu peito só aumentar, o que eu fui fazer? Meu Deus, como fui tola! Por uma infantilidade deixei pra trás o homem que eu amava, e agora por minha causa ele está em uma cama de hospital, entre a vida e a morte!

Eu e Ryan choramos por um bom tempo... Lisa nos conforta...

- Minha linda, eu vou ter de ir pra casa que daqui a pouco eu tenho um compromisso, mas depois eu volto aqui pra ficar com você está bem... – Lisa diz me dando um abraço e um beijo na bochecha.

- Obrigada amiga... – Falo lhe dando um sorriso triste...

Ela se despede de Ryan e sai...

- Ry... Vá pra casa, você deve estar aqui direto... pode deixar que eu fico agora...

- Não Louise, eu não quero sair daqui eu preciso ficar com ele!

- Ry... vai, não se preocupe qualquer notícia eu te ligo...

Ryan concorda com a cabeça, me dá mais um abraço e sai...

Eu me dirijo até a recepção... falo com uma recepcionista que meche em uma revista, visivelmente entediada...

- Moça, por favor... eu gostaria de conversar com o médico responsável pelo paciente Mark Leviels, você pode me informar se ele está presente?

- Sim, só um momento... – Ela tecla algumas coisas em seu computador e me olha...

- Ele está sim, só um momento que vou chama-lo, senhorita...?

- Louise... Louise Braga...

- Ok.

Eu aguardo alguns minutos e o médico vem...

- Olá! Senhorita Louise... então é você quem o senhor Mark, tanto chama... – Ele diz me dando um sorrido simpático...

- Sou eu sim... – Digo com um sorriso triste.

- Em que posso ajudar lhe senhorita? – Ele pergunta com as mãos por trás de suas costas e me olha sorrindo...

- Eu, gostaria de maiores informações sobre ele Doutor, eu quero saber se ele pode acordar, quando ele sair daqui, quero saber tudo...

- Então, senhorita... ele está em coma induzido devido a batida em sua cabeça, e também porque ele estava muito agitado... seu quadro é grave, ela está com a perna quebrada... e a batida em sua cabeça foi muito forte, não sabemos dizer se ele terá ou não sequelas... e sobre alta nós vamos tentar acordar ele novamente, e dependendo da forma em que ele reagir ele poderá ganhar a alta ou nós teremos que induzi-lo ao coma novamente...

- Certo Doutor, obrigada... eu posso vê-lo?

- Claro venha comigo... – Ele me acompanha até o quarto do Mark... ele está tranquilo, parece que está dormindo, eu o admiro com um sorriso triste nos lábios... tento me aproximar, mas o doutor me impede...

- Ele ficou muito agitado com sua presença antes senhorita... quando nós o acordarmos, nós te chamaremos, mas por enquanto é melhor você não se aproximar muito. – Ele fala me dando um sorriso doce.

Eu concordo com a cabeça e me sento na poltrona ao lado de sua cama... o Doutor se retira da sala com um aceno de cabeça...

Eu fico ali sentada pensando em como pude fazer uma burrada tão grande dessas em minha vida... quase perdi meu pequeno, não posso deixar isso acontecer novamente! Eu nunca mais vou deixa-lo!

Acabo pegando no sono depois de um tempo... sou acordada pelos barulhos das maquinas ao lado do Mark...

Logo vem uma enfermeira, ela mexe em algumas coisas, injeta alguns medicamentos...

- O que houve? – Pergunto a ela depois que ela normaliza tudo.

- Não é nada grave, os aparelhos apitam porque o efeito do coma passou e ele está acordando... nós íamos tentar deixa-lo acordar, mas ele ainda está muito agitado, então nós o induzimos novamente. Pra podermos acorda-lo ele precisa ficar tranquilo, pelo menos com seus batimentos controlados, porque se não, ele pode se assustar com o ambiente e se agitar a ponto de se ferir arrancando algum medicamento... ele precisa estar estabilizado... – Ela fala mais alguns termos médicos que não intendo nada... eu escuto tudo atentamente, e uma ideia surge em minha mente...

- Moça, e se... eu tentar acalma-lo... eu posso tentar, se caso não funcionar vocês podem induzi-lo novamente... por favor me deixe tentar! Quando ele acordar eu posso estar aqui, se de repente ele me ver ele pode se acalmar. –  A olho com os olhos suplicantes, e um brilho de esperança...

- Nós podemos conversar com o médico responsável, mas é muito perigoso senhorita, ele pode se ferir gravemente se o acordarmos e ele se agitar de mais... é muito arriscado.

- Ok, eu aguardo você falar com o médico... – Falo triste, eu quero tentar, mas também não quero prejudica-lo mais ainda! Que angustia!

Assim que a enfermeira se retira, eu me aproximo lentamente dele... pego uma de suas mãos em minha mão... e minha outra mão acaricia seus cabelos... Sei que o médico pediu pra mim ficar longe dele, mas eu preciso sentir ele próximo a mim, preciso toca-lo...

- Meu amor... você vai ficar bem meu pequeno... eu estou aqui por você... eu nunca mais vou te abandonar, Meu Príncipe! – Falo depositando um beijo em sua testa enquanto algumas lágrimas caem e rolam dos meus olhos até o rosto do Mark...

Is It Love - MarkOnde histórias criam vida. Descubra agora