Liberdade

23 6 0
                                    

CAPÍTULO TRINTA

KEVIN • D I A S

"Não acredito em muita coisa, mas creio que no final
Nós pagamos por cada erro
Eles pesam na balança, não sei o fogo nos queima
Mas por cada crueldade nessa vida sofreremos"
7 Minutoz - Lucas ART - Lágrimas Serão Sorrisos

ATENÇÃO:

ESTE CAPÍTULO CONTÉM GATILHO, SE FOR FRACO E SENSÍVEL DEMAIS, PULE PARA O PRÓXIMO...

Finalmente chegou o grande dia.

Passei a noite toda acordado passando e repassando cada passo que vamos dar no dia de hoje, nada podia dar errado, estou tão confiante.

São 6:05h da manhã e marcamos todos de nos encontrar no refeitório às 6:30h, então eu tinha 25 minutos pra tomar banho e me arrumar.

Caia uma chuvinha gostosa do lado de fora, até o céu comemorava a nossa liberdade, e olha que ainda nem aconteceu.

Meu banho não durou mais que 7 minutos, visto uma blusa e uma calça preta, nós pés coloco um tênis de corrida também preto. Me certifico se está tudo certo e saio do quarto respirando aliviado, Deus não deixe nada dar errado.

Vejo a Agnes e a Alysson no elevador, todos nós combinamos de vestir uma roupa de cor neutra, eu estava de preto, a Agnes de azul, a Alysson de rosa, o Jack disse que estaria de vermelho e o Nicolas de Branco.

- Bom dia meninas - cumprimento beijando a bochecha de cada uma delas.

- Bom dia, menino - elas respondem juntas e rindo.

Chegamos no refeitório e vimos o Nicolas e o Jack já com suas bandejas em mãos nos esperando, minha ansiedade era tanta que nem com fome eu estava, mas tínhamos que manter a postura.

- Partiu, jardim? - Jack fala comendo uma maçã.

- Partiu - Agnes responde já indo na frente.

Comemos apenas as frutas que por sinal estavam gostosas e fresquinhas, levamos nossas bandejas pra dentro e encontramos o resultado esperado, trocamos olhares agradecidos com o Jack que sorri convencido.

- Primeira parte, confere - Jack diz e sorrimos.

- Ah, que sono - Nicolas boceja e logo fica igual aos outros sonolentos, todos vamos na onda e ficamos fingindo sonolência.

Pode até parecer inútil colocar doses altas de remédios na comida pra eles poderem ficar cansados, mas tudo tinha um propósito e o nosso é cuidar pra que eles não nos atrapalhe entrando no caminho.

Subimos pro quarto da Agnes e ela pega o notebook entrando pro banheiro, nossa hacker vai se encarregar de congelar algumas câmeras e acabar por alguns minutos com a energia da mansão.

Ela demora um pouquinho, mas logo sai do banheiro sorrindo, não sei se era só eu, mas estava com uma adrenalina muito louca no corpo.

- Segunda parte, confere - ela fala sorrindo e eu a abraço.

Esperamos a energia cair e corremos pra trocar de roupa, vestimos um sobretudo preto e no rosto colocamos máscaras de personagens de desenho animado. Eu era o Homem-Aranha, o Jack era o Mickey, a Agnes era o Stitch, o Nicolas era o Gumball e a Alysson era a Minne.

- AGORA VAI COMEÇAR A DIVERSÃO - Agnes grita animada e sai correndo do quarto, próxima parada portão principal.

- Cadê as armas? - Nicolas pergunta nervoso, era pra elas estarem em uma moita perto da entrada.

- Lá - Alysson aponta e nós corremos em êxtase.

- Vamos que daqui a pouco eles conseguem recuperar a energia - falo pegando a arma que escolhi.

Eu tinha escolhido uma riffle TAR 21, a Agnes escolheu um machado até que bonitinho, a Alysson estava com um Colt 1911 .45, o Nicolas com um riffle M4A1 e o Jack com uma sub-metralhadora P90.

- Tô apaixonada - Agnes namorava com o Machado enquanto nós conferimos se estava tudo certo.

- Agora é com você - Nicolas fala com Jack que estava encarregado de concluir a terceira parte.

- Tive uma ideia - tenho até medo dessas ideias repentinas da Agnes que pode sem sombras de dúvidas colocar tudo a perder.

- O que você vai fazer? - seguro em seu braço, mas ela sorri decidida.

- Venham comigo - corre pra dentro da mansão e seguimos ela - Boa sorte, Jack.

- O que estamos fazendo aqui? - Alysson pergunta quando entramos em um quarto onde só tinha computadores.

- BOM DIA PESSOAL - ela grita e a voz robótica repete o que ela grita pra todo mundo ouvir, que gênia.

- VOCÊS DEVEM ESTAR SE PERGUNTANDO QUEM SOU EU E O QUE ESTÁ ACONTECENDO NÃO É MESMO? - Alysson entra na brincadeira.

- BOM, EU SOU CADA UM DE VOCÊS E ESTÁ ACONTECENDO APENAS UMA BRINCADEIRINHA - Agnes responde rindo em seguida.

- De muito mal gosto por sinal - Valquiria entra no quarto com inúmeros guardas nos assustando - Prenda-os.

Foi em um flash os guardas vindo pra cima da gente e a gente revidando como pôde, Valquiria sai arrastando a Agnes que tentava se soltar, mas se ela fizesse o seu machado cairia no chão. Pego minha arma e começo a disparar sem me importar em quantas vidas tirarei, Alysson e Nicolas já estavam fora do quarto seguindo a Agnes que precisava de ajuda.

Droga, sabia que não seria fácil, mas nós vamos conseguir. Mato o último guarda e vou correndo atrás de Valquiria, miro minha arma, mas quando vou atirar a Agnes se solta e roda dando uma machadada na costela dela que grita caindo no chão.

Alysson atira sem parar e Nicolas a controla vendo que Valquiria já tinha ido há muito tempo, nos olhamos e corremos sem direção.

- TERCEIRA PARTE, CONFERE - escutamos o grito do Jack e vibramos, porra liberdade.

Poderíamos simplesmente abrir a merda do portão e ir embora pra não nos fudermos, mas qual seria a graça? Aproveitamos o desespero dos internos e fizemos uma chacina matando quem entrasse na nossa frente, estávamos insanos sem se preocupar com nada, a adrenalina corria por nossas veias.

- LIBERDADE CARALHO - Jack grita atravessando o portão e atirando pro alto, começamos todos a atirar e a Agnes gargalhava cheia de sangue.

- VAMOS, O HELICÓPTERO JÁ TÁ AGUARDANDO - Nicolas grita correndo pro meio da mata.

Estamos livres porra, LIVRES e fodidos também porque amanhã nossos nomes estarão em todos os jornais.

- Próxima parada - falo assim que entro no helicóptero.

- MÉXICO - Alysson grita animada e o helicóptero começa a decolar.

HELP-MEOnde histórias criam vida. Descubra agora