Capítulo 31 - Em Roma

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Ao levantar pela manhã já estavam todos na mesa comendo eu os cumprimentei sem olhar para o lado onde Frederich estava e fui em direção ao meu lugar na mesa. O café flui normal, só sinto as pessoas diferentes como se estivessem com medo de olhar de mim para Fred e um dos dois explodir, então resolvo quebrar o silêncio.

- Se a senhora quiser pode ficar no castelo com sua filha, a viagem será cansativa e não se encontra bem para viajar. - digo olhando para a rainha a minha frente.

- Obrigada querida eu vou aceitar, pois não dormir bem e realmente temo viajar e piorar.

- Claro eu vou amar a senhora ficar e tomar conta de tudo por nós.

- Beatriz por que não ficam e eu vou com Uzias e Victor? - minha tia diz e olha para Frederich.

- De forma alguma tia, eu irei com vocês, mas quem quiser pode ficar não me oporei. - digo olhando só para ela.

- De qualquer forma eu terei que ir rainha Eloísa, sua sobrinha me inquiriu pedir a mão dela em Roma. - ele diz com uma certa ironia.

- Mais pede se quiser ajudar o povo, tendo em vista que faço isso por eles apenas.

- Pelo amor de Deus se vão se casar pelo menos parem de trocar farpas. - o pai dele diz alterado.

- A culpa é dela que é mimada demais.

- Mimada? Ora essa o único mimado aqui é vossa excelência.

- Por favor vocês dois Uzias tem razão. - minha tia fala.

- Mudando de assunto. Quem assumirá o trono de Noah? - Victor questiona.

- Ele não tem outro irmão tem? - questiono

- Não tem, só dois primos Victor e André. Veremos com o parlamento quando chegar lá.

- Eloísa acredito que terá que se casar para continuar no poder até os meninos ficarem de maior. - Victor diz e eu olho para Uzias que se engasga.

- Gente vamos mudar de assunto por favor. - digo séria.

O restante do café foi tranquilo, nos despedimos dos que iriam ficar e eu peço a Lia que venha comigo, ela assente e vai se arrumar para viajar.

- Estrela o castelo é seu e da rainha, não poderia ficar em mãos melhores.

Com um atraso de duas horas saímos seguindo a carruagem que se encontrava com o caixão. Pelas ruas de Lusoc as pessoas jogavam pétalas na carruagem e pude ver que algumas pessoas choravam.

Foram vários dias de viagem, por onde passávamos as pessoas cumprimentavam minha tia e diziam o quanto sentiam, não sei como ela estava conseguindo ser tão forte, eu me emocionava com certas declarações que faziam das bondades de Noah imagina ela. Os meninos estavam na minha carruagem hoje e não paravam de falar como Fred é legal e bom.

- Fred. - Bruno grita para ele ao ver que ele passou por nós à cavalo.

- Oi campeão. - ele diz voltando e não me olha.

- Não quer vir um pouco aqui conosco? - Breno pergunta.

- Já tem muita gente aí não? - ele diz tentando negar.

- Claro que não, só eu Bruno e Bia. Por favor. - ele implora com as mãos juntas.

- Tudo bem, só um pouco. - Ele diz pedindo para o cocheiro parar e amarra o cavalo na carruagem se acomodando ao lado de Breno de frente para mim.

Após longas conversas entre os três de aventuras na floresta e no acampamento do quarto, os meninos adormecem nos deixando a sós. Eu fico olhando ele ajeitar Breno no colo enquanto Bruno está no meu colo.

- Ele é pesado quer que eu pegue? - ele diz quebrando o silêncio entre nós.

- Não tudo bem, já está com Breninho.

- Mas se a perna começar formigar me avise que ajeito aqui para os dois.

- Obrigada.

- Pelo que? - ele pergunta.

- Por gostar dos meus primos, tem sido muito bom para eles nesse momento difícil.

- Eles são encantadores, quem dera toda família fosse assim.

Mudo minha fisionomia na mesma hora e sem lhe dar resposta fecho os olhos fingindo que vou dormir mas ficando morrendo de vontade de lhe dizer umas boas verdades.

Quando chegamos em Roma a cidade estava em luto e fizeram um corredor humano até o cemitério acenando e chorando para o corpo de Noah que ia no caixão na primeira carruagem. Os meninos estavam encantados e Fred já estava de volta no cavalo, mas sempre ficava perto de nós pois os meninos a todo momento o chamavam.

Após o sepultamento fomos para o castelo e fomos recebidos por todos os empregados de luto com flores para minha tia que ainda chorava sendo acolhida por Débora e outras amigas dela que não conheço.

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