Capítulo 32 - Pedido de casamento

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Estar em Roma não era para mim, eu me sentia incomodada com todo o luxo e eventos que havia aqui. A corte inteira se reunia em saraus e bailes que pra mim eram cansativos. Os primeiros dias aqui foram de luto pois foi decretado luto oficial em todo o reino durante cinco dias, nesses dias eu praticamente me dediquei a orar e estar na presença de Deus e hoje eu sinto paz para dizer um sim a Fred diante de toda a corte romana.

Esqueci de dizer que Victor e a esposa estão como imperadores provisórios e minha tia irá reger a escola real no lugar deles, se caso minha tia quiser um dos meninos poderão substituir eles ao completarem dezesseis anos, mas para isso teria que estar casado e minha tia disse que não imporá isso a eles.

Eu tenho visto ela muitas vezes na companhia de Uzias, acredito que ele nutra esperança de conquistar ela, não iria achar ruim pois eu o conheço bem e sei que é um bom homem. Hum vocês querem saber do filho dele? Praticamente sumiu durante todos esses dias, eu o vejo sair a noite e as vezes durante o dia também, só não me perguntem para onde pois não sei estou começando achar que ele é um libertino e que anda nas noites de Roma atrás de um rabo de saia.

Lia anda estressada pois Pedro ainda não falou compromisso a ela e tem saído com Fred  e se nega dizer onde o rei vai, como ela é curiosa ao extremo está começando achar que eu tenho razão e que os dois são cumplices nas fugas atrás de mulher. Ela contando eu bolo de rir mas no fundo eu não me sinto bem com isso.

- Prontinho garota está linda. - diz Lia me acordando dos meus pensamentos.

- Não sei para que me arrumar tanto. - resmungo passando o batom.

- Oh amiga não fica assim, lembre que depois de casada poderá se vingar dele assim como farei com aquele cretino.

- Pelo menos você não será obrigada casar com o Pedro. - digo levantando e olhando o meu penteado no espelho. - Já imaginou sua amiga viver eternamente infeliz? Eu acho que quero voltar para o pântano pelo menos lá eu não conhecia o mundo aqui fora e não sofria.

- Nem fale isso sua louca. - ela diz batendo na madeira. - Lembre que seu povo confia em você para tirar eles da lama.

- Se eles sonhassem o sacrifício que estou fazendo me libertavam mas não por eles estou indo para a prisão. - olhamos as duas para a porta pois ouvimos batidas e Lia vai abrir.

- Boa tarde Lia, por favor me deixe a sós com sua senhora. - Essa voz é de de, minha nossa é Fred no meu quarto?

Lia fica olhando de mim para ele até que eu acordo e faço sinal para ela sair mas piscando para ela que entende que eu quero que fique perto.

- Não sabia me esperar no corredor? - digo ao ver Lia fingir que saiu.

- Quero fazer nosso acordo antes de irmos lá fora e pedir em público.

- Eu já fiz um acordo com o senhor.

- Não Beatriz você só disse para eu lhe pedir a mão aqui em Roma. - eu bufo com raiva e ele prossegue. - O povo sentirá se continuarmos como estamos.

- Pois bem diga logo a que veio. - digo me sentando e olhando para minhas mãos, claro né pois olhar para ele eu corro risco de não conseguir ficar com raiva.

- Meu trato é: Nos casamos e diante de todos da família e povo eu e você somos um casal normal sem farpas e sem provocações, mas vivendo um amor real. Quando estivermos a sós poderá recitar as ofensas que gosta de falar a mim.

- Mas eu não vou me deitar com você, vamos dormir em quartos separados lembra?

- Beatriz se meu pai e sua tia imaginar que estamos infelizes vão ficar tentando de tudo para nos aproximar e eu estou farto de ouvir sermão de o quanto você é boa e linda. Prometo não tocar em você se não quiser, mas por favor não custa nada pegar na minha mão e sorrir para mim de vez em quanto em público.

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