Capítulo 46 - Um príncipe nos nasceu

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No dia seguinte a festa vi meu marido partir com os dois conselheiros que foram com ele com lágrimas nos olhos, não era fácil saber que ele estava se ausentando de nós e ainda por cima sem data para voltar.

Minha angustia se intensificou quando ouvi Estrela comentar na cozinha que ele foi para dissipar as ameaças de guerra que se levantavam por lá, e então comecei a temer que Fred voltasse bem e então fui fazer o que em meio a lutas e preocupações eu fazia de melhor, orar.

Se passaram mais de três meses que Fred partiu, eu quase não desço mais pois estou muito pesada e sem forças para andar, Estrela tem me ajudado com as gêmeas e amanhã Samara Raquel voltará do colégio real, sobre meu marido nenhuma notícia se deu.

- Estrela está tudo pronto para receber Samara Raquel? - pergunto comendo uma maçã que ela me trouxe.

- Sim, já fiz o bolo que ela gosta, brigadeiros, pudim, sorvete e mandei comprar umas balas.

- Que bom, amanhã pela manhã ela chega e vamos começar a consagração.

- Glauco disse que um dos guardas escreveu para a esposa dizendo que vão voltar logo logo e que estava muito ruim de correspondência por lá.

- Mas se ele que é um guarda não deixou de mandar a carta a sua esposa o que pensar do rei? Quantas notícias Fred nos mandou?

- Sabe que as gêmeas já mandaram ajeitar o estábulo para ele? Tentei impedir mas elas disseram que eram ordens real.

- Bem feito ele dormir no estábulo, quem manda não cumprir com a palavra?

Ela saiu e resolvi tomar um banho para o jantar, no banheiro minha bolsa rompeu e comecei a gritar, mas parece que ninguém me ouvia. Me vesti novamente e fui deitar para ver se a dor que eu sentia diminuía.

- Mamãe está dormindo? - Talita entra me chamando.

- Filha por favor corra chame alguém a criança vai nascer. - eu já estava chorando e sentindo ela sair.

Vi ela dar meia voltar e sair gritando nos corredores e ri pois nisso ela pareceu com o pai. Não demorou muito e vieram algumas mulheres ao quarto e já foram me ajudando e em pouco tempo o choro foi ouvido, uma lágrima saiu pois lembrei que meu marido não estava, mas eu teria que ser forte por minhas filhas e pela criança que viria.

- Majestade é um menino. - a criada disse pegando ele e enrolando.

- É lindo. - disse outra.

- Davi. - falei chorando. - Vem para a mamãe filho.

Todas as mulheres terminaram de me ajeitar e de ajeitar Davi e nos deixaram ele mamando que parece que nasceu com a fome da terra todinha.

No outro dia quando Samara chegou grande foi a surpresa dela ao ver o irmão e as gêmeas faziam festa por nosso príncipe ter chegado e pela aparência era forte e lindo.

- Tome Anastácia ele já mamou. - disse entregando Davi a ela que cuidava dele comigo.

- Sim minha senhora então descanse pois logo logo ele irá querer mamar novamente, estarei aqui com ele não se preocupe.

Adormeci cansada e feliz por estar com meu filho nos braços. Por esse motivo eu estava agradecida a Deus e pedia que o pai dele viesse conhecer.

(Três meses depois)

Davi já estava com três meses e fazia um mês que Fred mandou dizer que estava chegando então nós o aguardávamos a todo o momento chegar. Hoje vamos fazer um bolinho para Anastácia que está completando ano e mandei arrumar a mesa grande para  todo mundo comer junto e depois cantar parabéns, ela está lá em cima com Davi.

Anastácia desce as escadas com Davi e as gêmeas uma de cada lado e quando vê o bolo na mesa começa a chorar então eu vou e pego Davi dela lhe apontando a cadeira real para ela sentar, hoje era ela que iria sentar no lugar do rei.

- Senhora isso é tão maravilhoso. - ela dizia com as meninas a sua volta e os presentes que lhe demos.

- Você merece minha amiga, por tudo que és para nós merece.

- Vocês são a família que Deus me deu.

Nos viramos e vimos um movimento na entrada então saimos correndo e era Fred que voltava então todas nós nos cercamos dele e o abraçamos felizes, ele olhou emocionado para meus braços e disse:

- Meu filho?

- Sim amor o seu filho Davi.

Ele nos abraçou e Davi que já estava espertinho puxava a roupa dele o fazendo rir e chorar ao mesmo tempo. Ele pegou nosso filho nos braços e levantando para o alto disse:

- Obrigada Senhor, um príncipe nos nasceu.

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