- Como chegamos a esse ponto? – Noah murmurou baixo, a voz rouca por ter ficado por muito tempo sem falar. Seu tronco estava inclinado para trás, apoiado no encosto do sofá do escritório de Chanyeol. Ambas as mãos de dedos longilíneos passeavam por entre as mechas agora desordenadas do chefe, os fios de cabelo vez ou outra raspando a pele de seu rosto e lhe dando cócegas.
Park Chanyeol estava igualmente inclinado, mas de frente para Noah, o rosto enterrado em seu pescoço. Noah pode perceber, agora liberto da euforia inicial que havia sido o primeiro encontro, que o mais velho era adepto à cultura dos movimentos lentos. Chanyeol provavelmente não sabia disso, afinal era inexperiente, mas suas corajosas investidas baseadas em beijos calmos e tímidos pela pele do pescoço de Noah eram o suficiente para que o mais novo percebesse do que o mais velho gostava.
E não é que estava gostoso?
Chanyeol tinha tanto potencial e Noah ainda se arrependia por não ter lhe dado abertura para ser mais ativo no primeiro encontro. A forma como ele usava as mãos e segurava Noah ainda eram um tanto brutas e desajeitadas, mas ele definitivamente tinha o necessário.
- Você... – Chanyeol começou, sussurrando contra a pele do pescoço de Noah. Interrompeu o início da frase para lhe dar mais um beijinho desajeitado na pele. Dava para perceber que ainda estava bastante inseguro com sua própria autonomia, afinal o incidente ainda era muito recente, mas Noah notou que suas palavras o haviam encorajado e ele estava se sentindo muito melhor. – Deixou escapar que... – Mais uma interrupção adorável. – Toda vez que me vê tem vontade de passar o resto do dia... aconchegado no meu colo...
- Ah, sim... – Noah concordou, inspirando fundo e sentindo o cheiro natural dos cachos de Chanyeol contra seu nariz. Soltou suas mechas, interrompendo o cafuné, e o abraçou pelo pescoço, fechando os braços por toda a volta. – Seu tamanho me deixa consideravelmente fraco.
Chanyeol soltou uma risada grave e rouca, e a mão que descansava na cintura de Noah estava louca para se mover e talvez lhe dar algumas apertadinhas, mas a timidez ainda o impedia. Manteve a mão imóvel, movendo apenas os dedos por cima da camisa do mais novo.
- Gosta de caras grandes? – perguntou, usando um tom mais cômico.
- Gosto do seu tamanho. Do seu colo que nem pude experimentar ainda.
Chanyeol riu baixo mais uma vez, ajeitando-se no sofá e apoiando um braço no encosto para poder continuar encarando Noah, que permanecia deitado para trás, o observando com atenção. Encaram-se entre sorrisos avermelhados por alguns segundos.
- Quer experimentar? – Chanyeol perguntou, o olhar admirado percorrendo o rosto corado de Noah, que concordou animado com a cabeça. – Mas só se prometer que iremos embora depois disso. Ainda estamos no meu escritório.
- Eu nunca faria sexo aqui dentro, senhor Park. Nem se o sexo fosse com o senhor. Sei separar as coisas. – Noah estreitou os olhos, mas manteve um sorriso malicioso no rosto.
- Nem se eu implorasse? – Chanyeol provocou, todo tímido. As palavras de Noah o haviam de fato encorajado. Agora, era como se ele se sentisse mais à vontade para se expressar e até fazer manha, o que era muito estranho para Noah. Charles Park, agora Chanyeol, fazendo aquele tipo de joguinho divertido e safadinho? Estava no paraíso.
- Quem diria, senhor Park... – Noah começou, cruzando os braços e o encarando com as sobrancelhas arqueadas.
- Nunca faria isso. Só fiquei curioso. – O mais velho se corrigiu, piscando. Parecia mais uma vez um garotinho perdido. Era incrível como Chanyeol intercalava o safadinho e o inocente tão rápido. Ainda havia tanto para descobrir a respeito dele, mas tanto... Noah estava tão empolgado e ansioso...
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Melhor de 3
FanfictionNoah Byun é um coreano-americano recém formado em Administração na Universidade de Nova York. Ao descobrir que o CEO da empresa coreana de acessórios íntimos Pleasure Factory está à procura de um assistente, não pensa duas vezes em ir atrás dessa va...