Can't Take My Eyes Off You

1.5K 128 133
                                    

Na teoria, Chanyeol voltava de viagem naquela quinta-feira. Não que Noah estivesse contando os dias para vê-lo no escritório novamente, mas era exatamente isso que estava fazendo. Exatamente à meia noite estaria de volta, segundo suas mensagens mais cedo na manhã daquele dia. Não que estivesse contando as horas.

Ora, quem estava tentando enganar?

Trabalhar lá sem aquela emoção que deixava seu coração acelerado, lidando com a possibilidade de poder cruzar com ele pelos corredores a qualquer instante, era muito diferente. Amava o trabalho, mas amava mais ainda quando Chanyeol estava em volta.

O telefone tocou, fazendo-o pular de susto em sua mesa. Esticou o braço e atendeu, os olhos concentrados na tela do computador.

- Noah, serei um chefe muito terrível se lhe pedir um favor que requer deslocamento? – A voz do chefe lhe invadiu a mente e ele riu baixo.

- Não, senhor. Pode pedir. Estou aqui para ajudá-lo no que puder – respondeu, educado.

- É um garoto muito valioso, Noah. Vou pedir para que vá embora mais cedo hoje e leve alguns livros de contabilidade até o meu apartamento. – O chefe explicou, fazendo o cenho de Noah franzir. - Tenho um compromisso agora e vou precisar deles à noite, mas não posso levá-los comigo. Dentro de uma hora passe aqui na minha sala que lhe entregarei os livros e a chave da cobertura.

- No seu apartamento, senhor Park? Onde mora? – Noah precisou confirmar, não estava entendendo muito bem.

- Sim, sim. Me desculpe, sei que foge do usual, mas... – O chefe começou, mas ele o interrompeu, compreendendo.

- Não, imagine. Só estava confirmando. Sem problemas. Estarei aí em uma hora.

- Obrigado, Noah.

Desligou o telefone e contemplou seu futuro naquele dia. Iria até o apartamento milionário dos Park. Não poderia evitar a empolgação, afinal, não costumava frequentar coberturas milionárias. E coberturas milionárias em Nova York eram divinas. Até que aquele trabalho tinha umas vantagens empolgantes, e viver no meio dos ricos pra quem é curioso feito Noah era uma bela vantagem. A hora seguinte passou voando e, quando se deu conta, precisava encerrar todos os programas, desligar o computador, pegar seus pertences e ir até a sala do chefe, do outro lado do corredor.

Eram três livros grossos, nenhum problema carregá-los no metrô, até porque o chefe os colocou dentro de uma sacola para facilitar a vida do garoto.

- Meu escritório é no corredor de quartos, oitava porta à direita, entrando pelo lado leste. Qualquer dúvida me mande uma mensagem ou ligue. Pode até perguntar à algum empregado, caso os encontre pelo caminho.

- Certo. – Noah concordou, inclinando o corpo para frente.

- Depois, pode ir pra casa. Nada complicado, certo? – O chefe perguntou, sorrindo na tentativa de amaciar o garoto. Porque, afinal de contas, era uma tarefa que demandava certo esforço físico.

- Tudo sob controle. Não anoiteceu ainda, tenho bastante tempo.

- Ótimo. Nos vemos amanhã de manhã, então.

- Até mais, senhor Park.

Fez a reverência e saiu do escritório do chefe, ajeitando sua bolsa no ombro e segurando a sacola no outro braço. O prédio onde a cobertura se localizava não era tão longe do escritório, então precisou pegar o metrô por poucos minutos, até descer na estação correta. Naquele horário era meio cheio, mas nada que já não tivesse enfrentado. Caminhou pelas ruas abarrotadas por mais alguns minutos, até alcançar a construção clássica e majestosa. Na recepção igualmente antiga, que mais parecia um museu do que um prédio residencial, explicou quem era e o que precisava fazer, mostrando a chave. O segurança o deixou passar de imediato, comentando que o senhor Park havia lhe ligado para avisar que Noah estava a caminho.

Melhor de 3Onde histórias criam vida. Descubra agora