Sweet Creature

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Charles Park gostava de homens. CHARLES PARK GOSTAVA DE HOMENS.

Noah acordou naquela quarta-feira exatamente como no dia anterior. Com um sorriso enorme no rosto, se enrolando nos lençóis sem roupa nenhuma. Gostava de dormir nu mesmo quando não fazia sexo. Simplesmente não conseguia pegar no sono vestindo qualquer peça de roupa, e como Nova York era fria naquela época do ano, precisava dormir com o aquecedor do apartamento ligado para poder realizar seu hábito.

Estava quente e ele havia acordado duro. Durinho da Silva. Os bíceps lustrosos de suor do chefe não saíam de sua cabeça e, agora sabendo que ele era homossexual e desimpedido, era quase impossível não enlouquecer.

Naquela quarta-feira à noite seria o seu primeiro dia de treino na academia e Charles o iria ajudar a se adaptar. Sorriu ainda mais, enterrando o rosto no travesseiro. A mão do braço que descansava estendido no colchão de casal discretamente escorregou para baixo do lençol e ele segurou seu próprio membro, iniciando um estímulo gostoso, provocando a cabeça e fechando os olhos bem forte, imaginando que eram as mãos grandes e desajeitadas do chefe.

Droga, só o tamanho dele já gerava pontadas no ventre de Noah. Aquelas mãos enormes passeando pelo seu corpinho inteiro, dando apertões em suas gordurinhas, principalmente no bumbum. Aquele tipo de apertão sem pretensão, só porque era bom demais apertar, entende? Apertões naturais, sem intensão alguma.

Pensar naquilo fez seu tronco se empinar bastante no colchão, facilitando a busca pelo orgasmo matinal. Queria mesmo era estar usando uma prótese por trás, mas estava tão longe, dentro do armário... não iria levantar. Não ainda.

Era um tremendo de um preguiçoso. Seu apartamento possuía apenas um cômodo, aquele tipo de loft clássico nova-iorquino com uma pegada industrial, os pilares de ferro e madeira envelhecida dando estrutura para as paredes com tijolos vermelhos expostos e uma escada também de ferro que levava até um pequeno jardim envidraçado que fazia parte do telhado, onde gostava de plantar suas próprias verduras e algumas flores.

Logo, a cama fazia parte da sala. Seu pequeno closet encontrava-se logo ali ao lado da porta para o banheiro. Só que um preguiçoso, de manhã cedo, simplesmente não se presta a levantar para pegar um pau de borracha. Ele apenas se masturba e resolve a questão com as próprias mãos. E foi exatamente o que fez.

Pensando, é claro, nos bíceps de Charles e naquelas mãos enormes e grosseiras. Estava se tocando e pensando no chefe. Parecia até mais perverso do que transar com os irmãos dele. Muito mais. Charles era diferente. Não existia nele a mesma abertura que havia com os outros dois, e isso de certa forma deixava Noah maluco. Cheio de vontade de arranjar um jeito de encontrar a abertura, por mais difícil que fosse. Todo mundo tinha uma abertura, só que cada pessoa era diferente.

A abertura de Charles estava escondida em algum lugar bem embaixo daquela postura séria e carregada. Será que um dia conseguiria encontrar? Caramba, nem estava acreditando que podia pensar nele sem preocupação alguma. O fato de ele ser casado e heterossexual não estava mais em seu caminho agora, era quase um milagre divino. Krystal, um anjo abençoado, havia pousado bem na frente de Noah e havia lhe trazido a notícia que estava faltando para sua rotina ficar perfeita, despida de culpas.

Teria de lavar os lençóis antes de sair.

Esticou a mão e alcançou o celular carregando em cima da mesa de cabeceira e o desbloqueou, abrindo o aplicativo da câmera. Adorava fotografar de manhã cedo, assim que o sol nascia, era o melhor horário. Desde a foto das costas de Sehun, Noah já havia postado algumas outras de seu dia-a-dia. Gostava de intercalar pessoas com objetos e paisagens, então concluiu que uma foto de si mesmo encaixaria naquele momento.

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