Capítulo 24

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Acordo de madrugada sentindo um mal estar forte. Quando me sento ele vem com força e corro para dentro do banheiro colocando todo o jantar para fora.

Quando acho que já não há mais nada no estômago, escovo os dentes e volto a deitar me sentindo fraca de repente.

- Estava tão bom, deveria ter desconfiado que faria mal, não é esse o ditado?

Não consegui mais dormir. Fiquei me mexendo desconfortável na cama até a sol raiar.

Levantei indisposta e tomei um longo banho para ver se melhorava. Desci chegando a cozinha quase no mesmo instante que Dylan.

- Já está virando costume - brincou - Você está bem?

- Estou enjoada, a comida de ontem não caiu bem.

Sentamos na mesa, mas senti meu estômago embrulhar diante do maravilhoso bolo de Elen, com certeza dessa vez estava ainda mais parecido com o do seu João.

- Coma por mim Dylan.

- Com prazer - e ele não perde tempo.

- Tem notícia deles? - pergunto tentando parecer indiferente

- Está tudo correndo bem, farão a vistoria do lugar amanhã e assim que sair o resultado estarão de volta.

Assinto por mais que não seja a resposta que eu gostaria, que julgando pelo sorriso presunçoso que ele dá ao levar um de bolo a boca eu sei que fez de proposito. 

- Quanta infantilidade Dylan, custa me dar uma informação descente?

- Por que você mesma não pergunta? 

- Talvez porque seu irmão esteja me ignorando? - devolvo ficando chateada - Não é tão simples assim.

Me atolei em trabalho e esses momentos descontraídos com Dylan me fazem esquecer de Andrew, do que aconteceu e do que pode estar acontecendo, eu tento, desesperadamente afastar qualquer ideia maluca de que ele e Brenda estão juntos, que a única mensagem que mandei foi ignorada porque ele ainda está chateado e não porque ele está dedicando tempo a ela agora, que assim que ele chegar vamos resolver, vai ficar tudo bem, sempre fica tudo bem no final.

- Você o julga, mas também não confia nele, se a cena fosse ao contrário e fosse ele beijando Brenda você agiria da mesma forma, se não pior. 

O comentário me pega desprevenida.

- Como você...?

-  Somos irmão, não deveria estar surpresa.

- E não acha que eu o trai? 

- Confio em você - me olha sério - Assim como confio nele e em minha esposa.

Fecho os olhos querendo não lhe falar que a cena deles se beijando já aconteceu e que sim, eu também fugi. 

- Vocês dois são tão idiotas - suspira - Ele também pergunta por você, da mesma forma enviesada, mas são adultos pelo amor de Deus!

O olho com esperança de que me dê mais alguma coisa, mas ele segue comendo sem me dar aberturas. 

- Hoje vou receber a resposta do contrato caso queira saber, me deseje sorte.

- Ainda acho que é errado - digo emburrada.

- É para um bem maior, faremos um trabalho impecável, você sabe.

- Essa foi uma ideia sua ou de Juliene?

- Por quê?

- É o tipo de coisa que faria o sobrenome Fischer ficar em evidência até a posse de Andrew.

A Esposa Perfeita |LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora