- Vamos nos divertir! – A voz de Cristina sobressai sobre a música ambiente da balada bar ou bar balada que me trouxeram.
Algumas pessoas olham em nossa direção mas as meninas parecem alheia a elas pois levantam os copos e brindam com a mesma animação.
- Eu nem acredito que estamos quase no fim – Carol choraminga e vira o conteúdo do pequeno copo de uma só vez fazendo careta – Isso está ótimo. Mais uma dose!
Ela levanta o braço e as outras desatam a rir.
- Sua cara de assustada não vai te livrar – Camila coloca uma dose na minha mão – Pode se sentir a vontade!
- Ah, não, obrigada, eu só...
- Nem começa. Valerie, Valerie, Valerie...- Um quantidade infinita de Valeries é entoando com a ajuda das demais e olho para Paula pedindo socorro. Ela apenas dá de ombros e toma sua própria dose.
- Mas alto meninas, ela não parece envergonhada ainda!
Fico morta de vergonha e faço o que elas pedem. A bebida desce queimando minha garganta e a forço a ficar dentro do meu estômago.
- É isso ai gata! – elas comemoram, parecem loucas.
- Não foi isso que eu pensei quando combinamos de sair – murmuro para Paula.
- Não pude evitar, conhece seus funcionários, adoram uma festa – principalmente as moças solteiras.
Não me sinto confortável, na verdade estou bem longe disso. Gostaria de estar em casa, com Andrew, mesmo que eu saiba que ele está enfurnado no escritório sendo ainda tão cedo, mas pelo menos eu estaria lá, sem correr o risco de estarem os dois sozinhos.
- Isso é tão ridículo.
- É mesmo! Não acredito que vai ficar ai sentada e sem beber.
- Fico me perguntando quando você se tornou a ovelha negra da família Camila.
Ela me dá um sorriso sórdido e reviro os olhos porque eu sou a ovelha negra. Pelo menos no quesito diversão, sou a única da família que não aprecia esse tipo de comemoração, eu simplesmente acho que há formas mais saudáveis de viver e se divertir.
O garçom aparece com mais uma rodada fazendo as demais beberem o que ainda restava da rodada anterior. Elas não tem limites.
Paula levanta e vem para o meu lado.
- Não fique com essa cara.
- Eu só queria um ombro para chorar – ela rir.
- Tente relaxar, você precisa.
- Ou podemos ir para o seu apartamento e tomar sorvete enquanto assistimos um filme bem brega como antigamente – nós duas rimos.
- Existe hora para tudo Valerie, e pode até não perceber agora mas você precisa desesperadamente de um pouco de diversão, esquecer o estresse, curtir, e ir para o meu apartamento não vai te proporcionar isso.
- Podemos tentar?
Ela nega rindo e eu me encolho.
- Vou pedir algo mais leve para você.
Camila desata a rir.
- Acredite em mim, até bebida mais fraca desse lugar é o suficiente para deixar ela bêbada.
- Ótimo, em nenhum momento disse que minha intenção não era essa.
Nós a olhamos surpresa e Paula pisca indo até o bar.
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A Esposa Perfeita |LIVRO 2
RomantizmCasados! Ainda era estranho para Valerie assimilar sua nova condição, mas que verdade fosse dita, o pior já havia passado, certo? Talvez nem tanto. Andrew Fischer conseguiu uma esposa perfeita e a liderança da corrida eleitoral, estava tudo ocorren...