Capítulo 2

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Me espreguiço ocupando quase toda a extensão da cama e dou um longo suspiro. Não há nada melhor do que a nossa cama. E mesmo que essa não seja a minha em questão, é tão boa quanto.

Olho ao redor comprovando que  mais uma vez estou sozinha, o que significa que o show está prestes a começar.

Desde de que casei essa é a primeira semana que posso dizer estar vivenciando uma vida de casada, já que logo que chegamos de lua de mel tivemos  que partir no dia seguinte para as visitas nos municípios, então essa é a semana que estou enfim conhecendo a rotina Fischer.

Me sento ainda estranhando o quarto de Andrew, ele é grande, cinza e azul, sem vida, mas de alguma forma aconchegante, talvez as risadas que Andrew tem me tirado nas últimas noites antes de dormir facilitem essa sensação de aconchego.

Olho para o relógio faltando dois minutos para as sete e me jogo para frente deitando de bruços e em direção a porta contanto literalmente os segundos. Pude perceber que pontualidade é algo primordial na rotina Fischer, então as sete em ponto, Andrew passa pela porta usando uma camiseta colada ao corpo devido o suor e uma bermuda de treino. Ele tira os fones, coloca na estante e tira a camiseta me proporcionando o show a qual me referi. Mordo os lábios diante da perfeição do corpo do meu marido.

Sem mesmo me olhar os lábios dele sorriem de um jeito galante e cheio de promessas, o famoso sorriso Fischer.

- Gosta do que ver senhora Fischer?

Não acordaria cedo se não gostasse.

- Já pensou em ser modelo? - pergunto porque estão perdendo um ótimo espécime - Faria tanto sucesso...

Ele me olha e arqueia a sobrancelha estranhando a pergunta.

- Acho que você vai estrear minha próxima campanha - digo me perdendo em seu peitoral - Com certeza vou ganhar visibilidade. Tira o short por favor.

Ele desata a rir.

- Não sabia que estava dormindo ao lado de uma tarada.

- É uma campanha de peças íntimas, preciso avaliar o produto - digo de forma profissional analisando agora o tanquinho que está começando a aparecer.

- Estou me sentindo como um objeto.

- Vai tirar? - desvio o olhar para seu rosto.

- Nem disse que vou aceitar - coloca as mãos na cintura e meus olhos voam automaticamente para os seus braços.

É realmente um pecado ele usar terno e esconder isso tudo do mundo.

- Pagamos bem - ok, dessa vez fui eu quem ri - Não tem nada que eu possa suborná-lo?

- Até tem - ele finge pensar e me vejo ansiosa - Talvez se você participasse comigo.

Enfio a cabeça no travesseiro fazendo drama e ele rir

- Pense no assunto, estou disposto a reconsiderar se aceitar a sugestão.

Escuto ele fechando a porta do banheiro e viro de costas passando a encarar o teto.
Ele já tinha me dito que malhava quando podia, mas a primeira vez que ele entrou no quarto fazendo exatamente os movimentos de hoje, eu fiquei embobada, ainda estava sonolenta e chateada com um despertador desconhecido, jurava que ainda estava dormindo, até que veio o segundo ato, ele entrou no closet com a toalha enrrolada na cintura e com os pingos de água escorrendo pelo corpo, foi uma visão tentadora...

Rio lembrando como estava besta, me acostumando ainda com as coisas aqui, parece que faz meses.

Fico enrolando na cama e mexendo no celular até ele sair do banheiro. Combinei com Paula de dar uma passadinha na empresa hoje, já faz um tempo e segundo ela está faltando de autoridade por lá, não que eu a tenha muito, sempre foi Paula quem mais a teve ali dentro, mas quando eu digo uma coisa, é feita na hora.

A Esposa Perfeita |LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora