E a guerra começou. . .
Qual o meu papel nela? Eu também queria saber, mas sei que estou bem no meio dela.
Com o sumiço de Eliel, nada mais é garantido, nada mais é como antes. O conselho não se resolve, cada espécie cria novas regras para tentar co...
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— Então você foi atacada por humanos e os matou? — Vlad perguntou.
— O que eu realmente ataquei ainda não morreu — eu o corrigi.
Estávamos em um dos meus sonhos, no mesmo aposento das outras vezes. Eu estava sentada em cima da mesa e Vlad na poltrona. Dessa vez eu aceitei um copo de bebida. Vlad disse que se chamava Rakija, uma bebida típica daquela região da Europa e, mesmo sendo um sonho, aquilo tinha um gosto forte.
— Certo, me perdoe — Vlad falou — Mas, quando ele morrer, vou poder dizer que você o matou? — Vlad perguntou cínico.
— Não comece — revirei os olhos — Não é como se eu quisesse ter feito isso.
— Entrou em Fúria de novo?
— Fúria Branca.
— Ainda mais interessante — ele disse bebendo mais um gole — Sabe porque ela possui esse nome? — neguei com a cabeça — Porque sua mente fica "em branco". Você não sente mais nada, físico ou psicológico, apenas decide que quer matar. Ela vem de um desejo consciente de ferir, que toma teu corpo e se torna a única coisa que te move. Me diga Eve, quem você queria ferir tanto, a ponto de perder o controle?
— A intenção inicial era defender minha família, não atacar para matar.
— Não estrague o momento com intenções nobres — ele bufou — Mas como você está?
— Não tenho certeza — suspirei — minha família está me tratando como frágil, mesmo eu já estando totalmente recuperada. Minha primeira reunião com chefe de clã está cada vez mais perto e ainda tem esse brunch com Ebony e os outros Marcados. Sem contar que Theo está mais protetor do que nunca.
— Eu entendo ele, já estive nessa posição de algo acontecer com a minha companheira e eu não ter estado por perto. A sensação é horrível — a expressão de Vlad era quase de dor. Ele estava sendo abertamente sincero.
— Eu imagino — falei — vi o Theo morrer na minha frente duas vezes, uma quando a espada atravessou o peito dele e a outra quando o coração dele parou de bater na mesa de cirurgia. Aquilo vai me assombrar para o resto da minha vida!
— Mas nas duas vezes você o salvou — Vlad piscou para mim — Que bom que a Super Eve estava apostos para salvar o dia!
— Por que eu ainda converso com você? — perguntei revirando os olhos, mesmo que rindo.
— Porque eu sou seu melhor amigo, eu já te falei isso — ele bebeu outro gole da sua bebida — soube que você teve um tempo de qualidade com o clã Toledo.
— Como você sempre sabe de tudo?
— Eu apenas sei — ele deu de ombros.
— Juliano precisou da minha ajuda para explicar tudo para a sua Marcada, mas eu fiz isso por ela. Carla estava se sentindo perdida no meio dessa história toda, eu não podia, simplesmente, virar de costas para ela.
