Capítulo 36

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Quando a porta do caminhão foi aberta, eu ainda estava com a cabeça no colo de Luana

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Quando a porta do caminhão foi aberta, eu ainda estava com a cabeça no colo de Luana. Apesar de já não chorar, meus olhos estavam vermelhos e inchados.

Chavi me viu no colo de Luana e riu debochado. Eu estava com ódio, com muito ódio! Ele pagaria por tudo o que fez!

- Chorando? Não aguentou a pressão? - ele zombou de mim. Eu não o respondi, eu faria isso quando tirasse a sua vida - Venham!

Luana me ajudou a me levantar, nós andamos até a porta do caminhão, mas quando fui sair, Chavi me puxou. Eu caí no chão com força, batendo o ombro que eu já tinha machucado quando esmaguei o copo de vidro, ainda naquele brunch dos infernos. A dor irradiou por todo o meu corpo, mas apertei os lábios e não deixei escapar nenhum som de dor.

- Alguma coisa aconteceu - ele disse se ajoelhando perto de mim - você parece diferente.

Eu ainda não respondi, apenas fiquei em silêncio. Respirava fundo para me controlar, eu estava com muito ódio. Mesmo que já tivesse me conformado em morrer, eu levaria Chavi comigo.

- Será que se deu conta que não tem mais o que fazer? Não há como seu lobo te encontrar, não há como vocês escaparem - ele se levantou e me levou com ele, me arrastando - olhe em volta, você não tem chance nenhuma.

Estávamos no que parecia ser um pequeno prédio no meio do nada. Cercados por árvores e campos, não havia sinal de civilização, estradas ou qualquer ligação com o mundo externo. Estávamos totalmente isolados.

- E agora, Marcada, vai fazer o que? - ele perguntou rindo.

"Quebrar seus ossos, arrancar seu coração e colocar fogo no que restar de você" foi o que eu pensei, mas me mantive quieta.

Eu não podia deixar que ele notasse que havia algo acontecendo. Meu plano estava indo bem, logo eles chegariam e aí eu me vingaria. Só tinha que aguentar mais um pouco.

- Você é patética - ele disse - como que puderam achar que você era perigosa para o nosso plano? - Chavi segurava meu rosto com sua mão, suas unhas arranhavam meu maxilar - Você só é uma garotinha intrometida que deu muita sorte. Mas adivinha? - ele me puxou para mais perto - sua sorte acabou.

Chavi me jogou para trás com força, cambaleei e quase cai, mas consegui manter meu equilíbrio no final. Ele me puxou pelo ombro machucado, apertando o local dolorido.

Nós andamos até o prédio, passando pelas Marcadas e os lobos. Elas preocupadas comigo e eles se divertindo com a minha expressão de ódio.

Seguimos pelo corredor, descemos alguns lances de escadas, até chegarmos no que parecia uma cela.

- Vocês vão ficar aqui por enquanto, primeiro vamos descansar, depois o grande show vai começar - Chavi falou - Vou te soltar só para você abraçar sua família pela última vez. Aliás, essa é a razão de você ainda estar viva, apenas para assistir a morte das outras, antes que você mesma morra - ele me virou de costas e rasgou as cordas com suas unhas, não perdendo a chance de me machucar mais um pouco. Então me jogou para dentro da cela de pedra, fechando a porta logo depois.

Caçada - MarcadosOnde histórias criam vida. Descubra agora