Capítulo 26.

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Harry Styles.


Olho para o cenário ao meu redor. Adam foi até a suposta sala onde Liz se encontra, e eu continuo parado no meio de um corredor, escuro e sujo, esperando por algum sinal.

Minutos parecem se tornar horas. Sinto pequenas gotas de suor surgirem na minha testa, além das minhas mãos estarem trêmulas. Essa não é uma missão qualquer. Não se trata de matar inimigos ou perseguir pessoas, não é sobre recolher informações. É sobre salvar uma vida. E qualquer deslize pode ser fatal.

Um arrepio corre por minha espinha assim que ouço um som de tiro ecoar pelo galpão. Sem pensar, retiro a arma da minha cintura e corro em direção até onde supostamente Adam e Liz estão, rezando, internamente, para que eles não tenham sido as pessoas feridas.

No meio do caminho, vejo um homem alto e forte, provavelmente um dos capangas de Vincent. Prendo a respiração, e sem esperar mais um minuto sequer, aponto a arma em direção à sua cabeça, abordando-o.

– Onde eles estão? — Pergunto, evitando levantar a voz para não atrair mais ninguém.

O homem a minha frente, apesar de estar com as mãos pro alto, não parece ter a mínima intenção de começar a falar.

– Eu não vou perguntar novamente, porra, onde eles estão? — A última gota da minha paciência evapora.

Aproximo meu dedo do gatilho, pronto para puxa-lo a qualquer momento. No entanto, antes que eu possa fazer qualquer movimento, sou surpreendido pelo grande homem a minha frente. Segundos depois, a arma a qual eu segurava, se encontra no chão. Arregalo os olhos, surpreso, quando uma mão pesada e fechada acerta o meu nariz.

Meu corpo balança para trás, e, apesar da minha visão embaçada, consigo manter meus pés firmes no chão. Meus dedos vão até o meu nariz, que escorre um pouco de sangue. O líquido avermelhado desce até a minha boca, fazendo com que toda a minha fúria e adrenalina sejam liberadas.

Com os punhos fechados, avanço na direção do homem que me agrediu, transferindo um soco direto em seu rosto. Apesar de ele ser um pouco mais alto que eu, consigo rapidamente tomar vantagem sobre ele. O vejo cambalear para trás e não perco tempo, transferindo mais alguns socos no seu estômago, e em seu rosto. Como esperado, ele cai no chão, totalmente nocauteado e inconsciente.

Pego a minha arma de volta, e caminho em passos apressados por todo o local. Minha respiração está acelerada, e o meu coração parece estar prestes a explodir, mas sei que tudo isso é apenas efeito da adrenalina que corre em minhas veias.

Corro por todo galpão, parando apenas quando meus olhos avistam uma porta de madeira entreaberta. Em passos calmos e mais silenciosos, me aproximo da mesma, abrindo-a por completo. No mesmo instante, meus se olhos arregalam em surpresa.

Isso não pode estar acontecendo.

Prendo a respiração, correndo para fora daquele cômodo fedorento e escuro. Meu peito sobe e desce devido ao pânico, e mesmo quando eu tento manter a calma e sugar um pouco de ar para os meus pulmões, o gesto é em vão.

O que vou dizer a Samantha? Como eu vou explicar a ela que falhei?

Com as mãos trêmulas, retiro o celular do meu bolso e disco o número da emergência.

Ainda há esperança.

Passo as mãos em meus cabelos, deixando os fios totalmente bagunçados. A cada minuto que passa, o pânico se alastra no peito. Pisco os olhos freneticamente, tentando desembaçar a minha visão. Parece que a qualquer momento eu posso desmaiar.

Caminho apressado até a entrada do balcão, na esperança de encontrar Bill, que nesse momento, provavelmente já sabe da notícia.

No entanto, fico em total silêncio e completamente imóvel no momento em que ouço passos rápidos vindo na minha direção.

Ergo a arma novamente, pronto para atirar em qualquer ameaça que surgir. Porém, assim que meus olhos avistam uma figura de cabelos alaranjados, abaixo imediatamente o objeto em minhas mãos.

– Sam?! O que você está fazendo aqui? — Pergunto, totalmente confuso pela sua presença inesperada.

Ela não devia estar aqui. Não agora.

– Harry! — Ela diz, esboçando um sorriso e um olhar aliviado para mim.

Aproximo nossos corpos para abraça-la, e para minha surpresa, ela retribui o meu gesto.

Afasto-a por um momento, colocando minhas mãos em seus ombros e checando se ela está bem. Felizmente, ela não parece ter sido machucada.

Um alívio repentino corre pelo meu peito. Saber que Samantha está bem, que Vincent não a machucou, me trás um pouco de paz.

– O seu nariz.. — Ela diz.

Quase tinha me esquecido que meu nariz está machucado.

– Tá tudo bem. Não foi nada. — Tento acalma-la.

– Vocês conseguiram salvar a Liz? Onde ela está? — Ela pergunta. Sua voz está carregada de esperança e nervosismo.

– Sam, eu..

– O que aconteceu? Liz está bem, não é? — Ela questiona novamente. Dessa vez sua voz soa mais preocupada.

– Preciso que você seja forte agora. — É a única coisa que sai da minha boca.

– Do que você está falando? — Sam franze o cenho, totalmente confusa.

Minhas mãos em seus ombros ainda a seguram firme, mesmo com ela dando alguns passos para trás.

– Onde ela está, Harry? — Grita.

– Sam..

Aproximo meu corpo do seu, envolvendo-a novamente para um abraço. Samantha apoia sua cabeça em meu peito. Posso sentir as batidas do meu coração em conjunto com o seu, batendo em uma só frequência. A sua respiração, assim como a minha, está totalmente acelerada.

– Vem, você precisa sair daqui.

– Não, eu..

E então, tudo o que eu mais estava evitando, cai na minha cabeça como um balde de gelo.

A cena de Adam carregando Liz em seus braços, totalmente ensanguentada, passa por nossos olhos.

Depois disso, o mundo parece entrar em câmera lenta. Samantha, com os olhos arregalados, é impedida de correr até Liz por meus braços que a seguram firme. O som da sirena da ambulância junto dos gritos de Samantha se misturam no ar, mas não há mais nada que possa ser feito.

Elizabeth está morta.

– Me larga, Harry.. — Samantha grita e esperneia, enquanto milhares de lágrimas caem em sua bochecha rosada.

Aos poucos, suas pernas parecem fraquejar, e quando me dou conta, estou no chão, segurando Sam em meus braços. Seu rosto está apoiado em meu ombro, enquanto ela soluça e eu acaricio seus cabelos.

– Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui. — Digo, mesmo acreditando que, no fundo, as coisas só irão piorar.

Adrenaline | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora