Quase sendo um bebê

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-- Vamos tomar sorvete!-- disse Soonyoung.

-- Tipo só a gente?-- perguntei e ele assentiu-- Você é um péssimo noivo.

-- Chan está ocupado com umas coisas do casamento que eu não posso ver, segundo ele.

--Então eu sou a segunda opção? Corrigindo: você é um péssimo amigo.

-- Assim magoa os meus sentimentos-- botou a mão no coração e fez uma cara de dor.

-- Agora você tem sentimentos?

-- Isso foi uma indireta pelo o que eu fiz no passado?

-- Talvez. Você nunca vai saber-- deitei na cama.

-- Primeiro: você que é o sem sentimentos, segundo: sai logo desse quarto e vem tomar sorvete comigo.

Ficou puxando a minha mão tentando me fazer levantar, mas quando não conseguiu...

-- Soonyoung! Me solta, seu maluco!-- comecei a bater no peito dele.

-- Você não queria sair, então...-- ele tropeçou, aquele maldito tropeçou. E quem estava sendo carregado por ele? Eu, então eu cai no chão e ele caiu por cima de mim.

Parece que ele faz de propósito, parece que, quando eu estou com ele, meu corpo resolve agir da forma mais vergonhosa possível.

Ficamos no chão por um tempo, o que pra mim pareceu uma eternidade.

-- Pode sair de cima de mim? Eu estou só um pouquinho desconfortável-- ele levantou rapidamente ajeitando o casaco.

-- Hummmm... Vamos?-- disse Soonyoung.

-- Claro-- vamos antes que o clima fique mais estranho.

...

-- Não acredito que você gosta de sorvete de pistache. É horrível!-- disse indignado.

-- É muito bom, você já provou?-- perguntou enquanto sentávamos numa mesa.

-- Sim, quando eu tinha 6 anos.

-- Ah, por favor! O paladar das pessoas muda, Jihoon.

-- Prefiro meu sorvete de flocos-- eu disse comendo uma colherada do meu sorvete.

Ele acabou desistindo e eu pensei que o assunto tinha acabado por ali, mas depois de ver quase uma lâmpada se formando na cabeça do Soonyoung, eu descartei a ideia.

-- Pelo menos prova de novo-- falou ele apontando a colher cheia de sorvete ruim na minha direção.

-- Você vai mesmo me dar comida na boca como um bebê?

-- Você nunca comeria por pura força de vontade, e você é um bebê sim.

-- Afronta! Eu não sou um bebê!-- cruzei o braço e fiz bico (eu não resisti ta bom?)

-- Mas age como um, agora come logo.

Acabei comendo e percebendo que sim, era horrível de qualquer maneira.

-- Ainda tem gosto de vômito.

-- Você não tem bom gosto-- acabei rindo, e continuaria rindo se não tivesse ouvido um flash.

Olhei indignado para uma garota com uniforme colegial e uma câmera Polaroid na mão.

-- Desculpa incomodar. Mas, vocês são um casal muito fofo, eu tive que tirar uma foto--disse a garota.

-- Nós... Nós não... Desculpe, você não deve ter entendido. Ele é o marido do meu irmão, eu nunca...

-- Bem, não importa! Quer ficar com a foto? Eu tirei duas. Mas se quiser que eu jogue fora eu...

-- Nós gostaríamos de ficar com uma das fotos a outra é sua, pode ficar com ela-- disse o cara na mesma mesa que eu, mais conhecido como Kwon Soonyoung ou próximo na minha lista de assassinatos.

A garota corou, deu a foto á ele e foi embora com a sua câmera.

-- Porque você fez isso? Seu débil mental!

-- Relaxa é só uma foto. E ta linda, olha.

Peguei a foto e analisei por um tempo, parecia mesmo que éramos um casal. Eu estava rindo enquanto o Soonyoung olhava pra mim e comia seu sorvete com um olhar convencido, pra tentar mostrar que o sorvete é bom, o que não funcionou.

-- Posso ficar com ela?-- perguntei.

-- Pode ficar, eu não ligo.

Saimos da sorveteria, andamos o caminho todo ate a mansão do Soonyoung e essa frase, ainda estava na minha cabeça me incomodando.

E eu não sei o porquê.

O noivo do meu irmão {Soonhoon}Onde histórias criam vida. Descubra agora