♪ JP Cooper (part. Mali-Koa) - All This Love ♪
As mãos de Luciana me puxaram pela cintura com uma certa urgência para dentro de seu quarto quando ouvimos alguns passos na escada. Pelo jeito, Patrícia devia ter terminado de lavar a louça. Fechei a porta atrás de mim sem me desvencilhar dos braços dela, que dava beijos por toda a extensão do meu pescoço. Sua respiração era quente e me derretia. Levei uma de minhas mãos até a sua nuca, fazendo com que ela afastasse o rosto para me olhar.
— Tranca essa porta, Fantine. — A voz era baixa e quase rouca, mas seus braços tinham força. Disse isso me empurrando contra a porta, subindo os beijos até o meu queixo. Assenti ao seu pedido e tranquei a porta, nos deixando mais seguras para que nada nos interrompesse dessa vez. Não havia como escapar, a noite nos pertencia.
Colei o seu corpo no meu, sem demorar para juntar os nossos lábios e permitir que as nossas línguas se conversassem. Quando o beijo se intensificou, suas mãos puxaram de leve a barra da minha camiseta e seus pés tomaram distância. Entendi o seu movimento e, envolvendo-a pelos braços e distribuindo beijos pelo seu rosto, a guiei pelo quarto escuro até sentir que havíamos chegado na sua cama. Nos separamos do beijo e eu olhei naqueles olhos que se mantinham claros até mesmo na escuridão. Não pude conter um sorriso ao ter uma ideia passando pela minha cabeça, percebendo que Luciana não tinha entendido nada. Levei os meus braços até a base de suas costas, erguendo-a a alguns centímetros do chão. Ela automaticamente enlaçou a minha cintura com as suas pernas e colocou os braços ao redor do meu pescoço, soltando uma risada gostosa próxima ao meu ouvido.
— Eu pensei que você fosse me deitar na cama. — Seu riso era abafado contra a minha pele.
— E não pensou errado, senhorita Andrade. — Inclinei o seu corpo em direção a cama, fazendo com que ela se deitasse comigo por cima. Seus braços que ainda estavam ao redor do meu pescoço me puxaram para mais um beijo que ardia em mim como fogo. Nossos corpos começaram a se conhecer e sincronizar num ritmo lento e provocante, como numa dança de coreografia própria. Nunca havíamos estado tão perto, tão bagunçadas e tão misturadas.
Nossas mãos passeavam sem pressa alguma pelas curvas dos nossos corpos, mas ainda havia os tecidos. Muitos tecidos. Enquanto eu a beijava, uma de suas mãos afastava o meu cabelo impedindo que caísse sobre os nossos rostos, e a outra desceu até a base das minhas costas erguendo sutilmente a minha blusa, como que num pedido discreto. Respondi da mesma forma, passando a minha mão por baixo de sua blusa enquanto aprofundava aquele beijo incendiante. Quando eu já não podia mais suportar aquela situação, interrompi o beijo e a olhei, esperando por algum tipo de aval. Luciana sorriu no canto dos lábios, retomando um pouco de fôlego e erguendo uma sobrancelha ao me responder.
— Vai em frente. — Foram as três palavras dela para mim.
Voltei a beijá-la com maior intensidade e desci ambas as minhas mãos para a sua blusa, erguendo-a aos poucos. Separei os nossos lábios e comecei a distribuir beijos pela sua barriga, sentindo suas mãos nos meus cabelos e percebendo as suas costas se arquearem um pouco. Minha boca acompanhava o movimento de subida da sua blusa, até chegar no vão de seus seios, que se movia para cima e para baixo devido a respiração ofegante de Luciana. Pude sentir a velocidade com que o seu coração estava batendo, e não me contive em levar a minha mão até o seu seio, o apertando e deixando traços de beijos em seguida, fazendo com que Luciana soltasse um gemido baixo e levantasse seu torso da cama numa distância suficiente para que eu pudesse retirar a sua blusa por completo. Linda. Ela era absolutamente linda. Tornei a explorar cada centímetro de sua pele exposta com os meus lábios e a minha língua, enquanto as minhas mãos se deixavam passear pelos seus caminhos até formular uma espécie de mapa mental, acariciando e alternando movimentos de ternura e de provocações. Quando a minha boca chegou na sua cintura, próxima ao seu short, senti suas mãos na minha nuca e a olhei.
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Memoires
أدب الهواة"Eu me lembro como tudo começou como se fosse ainda ontem, uma memória tão vívida que parece ser quase palpável, do exato instante em que senti algo dentro de mim queimar, quando os meus olhos cruzaram com os dela pela primeira vez. " *Memoires: mem...