Capítulo 8

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Danilo


Fabíola entrou como um furacão na minha sala, desviei meus olhos do notebook e fixei nela. Percebi de longe que algo havia acontecido.

— Espero que seja muito importante, Fabíola — digo.

— Por que mentiu? — pergunta.

— Que história é essa? — indago sério.

— Disse que ficaria em casa na sexta-feira — aproxima-se da mesa — falou que descansaria naquela noite. Fiquei sabendo que estava numa boate. Ah, não adianta negar, Danilo. Tenho provas aqui — pega seu celular — parecia muito íntimo com essa mulher aqui — estende o celular na minha direção — quem é essa? Mereço uma explicação.

Conversava com Valentina quando alguém tirou aquela foto. Imediatamente lembrei de tudo que havia acontecido naquela boate.

— Danilo? Estou falando contigo.

— Não devo nenhuma satisfação da minha vida, Fabíola — falo — temos uma amizade com benefícios. Apenas. Quantas vezes disse isso? Não gosto de discutir isso na empresa, Fabíola. Acho melhor ficamos por aqui. Está levando isso para outro lado.

— Estou ciente da nossa relação.

— Não está.

— Danilo — acaba fazendo à volta na mesa — estou bem ciente da nossa relação. Fiquei chateada por mentir.

— Não menti — falo — esqueci completamente que era aniversário de Cadu, Fabíola. Agora chega desse assunto.

— Passe no apartamento mais tarde — ganho um selinho dela — qualquer coisa estou na minha sala — avisa, afastando-se — estarei esperando.

Minha entrada foi liberada rapidamente no prédio de Fabíola. O porteiro, seu Oliveira, me cumprimentou, assim que passei por ele. Quando entrei no elevador, ouvi alguém pedido que segurasse e assim fiz. Uma senhora bem vestida, entrou e agradeceu pela gentileza.

— Morador novo? — pergunta.

— Não — afrouxo minha gravata.

Não estava muito afim de papo naquele momento. O restante do dia foi estressante demais na empresa. Agradeci mentalmente quando o elevador chegou no andar de Fabíola.

— Boa noite — desejei.

— Boa noite — diz.

Não precisei tocar à campainha de Fabíola, ela estava na porta me esperando e segurava uma taça de vinho na mão.

— Seu Oliveira avisou — sorri — aceita? — estende sua taça.

— Estou dirigindo, Fabíola.

— Um pouco não fará mal — pisca — pode dormir aqui também.

— Não posso demorar muito — sou direto.

— Sempre com isso — reclama.

— Vai começar? — indago — não quero ficar mais estressado.

— Esquece — alisa meu peito — vamos aproveitar esse tempo que temos juntos — fala sorrindo — farei esquecer todas as preocupações de hoje.

Fabíola sabia exatamente do que gostava quando estávamos juntos. Ela ficou de joelhos no chão, abriu o zíper da calça, abaixou tudo e engoliu meu pau.

— Relaxa — murmura, colocando novamente na sua boca.



— Pensei que passaria à noite aqui — fala, enquanto termino de vestir minha calça.

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