Capítulo 15

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Danilo


Carlos Eduardo não disse uma palavra enquanto relatava tudo para ele. Precisava tomar alguma providência contra Sônia. Não permitiria que essa mulher ficasse perto de Lucas, ou mesmo tirasse de mim.

— Podemos entrar com uma liminar — diz — tem certeza que deseja enfrentar ela na justiça? — pergunta — essa mulher tem pacto com o diabo.

— Tenho certeza absoluta — afirmo — não quero essa mulher perto de Lucas. Chega — levanto da cadeira — fui muito bonzinho nesses últimos meses. Ela procurou por isso.

— Certo — fala — amanhã mesmo entrarei com a liminar. Precisamos estar preparados.

— Faça o que for preciso — digo.

— Agora mudando de assunto — retira seus óculos — aconteceu outra coisa? Está diferente.

— Fiquei com Valentina — respondo — aquela confusão trouxe algo de bom.

— Tinha certeza que rolaria algo entre vocês — sorri — gosto muito dela. Dou minha bênção para vocês.

— Vai cagar — ri — Valentina é totalmente diferente. Não sei explicar.

— Sinto cheiro de romance no ar.

— Não haverá nenhum romance — aviso — só ficamos ontem. Apenas um beijo.

— Pode significar muito para ela — diz — assim que tudo começa — pega sua pasta — preciso atender outro cliente ainda. Provavelmente amanhã entrarei com a liminar contra Sônia. Prepare-se não será fácil.

— Estou preparado, irmão — aperto sua mão — ligue assim que tive algo.

— Pode deixar.

— Danilo — chamou antes de sair.

— Sim.

— Tenha essa conversa com seus pais — pede — eles precisam saber dessa história.

— Vou pensar sobre isso. Obrigado — agradeço.


Resolvi que contaria tudo para meus pais. Tinha certeza que enfrentaria uma guerra com Sônia na justiça. Precisava mais do que nunca deles. Não seria nada fácil essa conversa.

Encontrei meus pais na sala. Ambos conversavam tranquilamente e sorriam assim que notaram minha presença.

— Olha quem apareceu — dona Julieta, solta — lembrou dos seus pais.

— Começou — abraço ela — tudo bem?

— Melhor agora — sorri — por que não trouxe meu neto?

— Não passei em casa ainda — respondo — oi, pai — cumprimento ele — gostaria de conversar com vocês. É possível?

— Lógico — meu pai, fala — vamos para o escritório — Rafael aprontou novamente?

— Não — digo — estou gostando muito do comportamento dele na empresa. Nada de reclamações ainda.

Assim que chegamos ao escritório, meu pai, fechou a porta e apontou o sofá que havia ali. Preferi ficar em pé.

— Sônia apareceu ontem na minha casa. Avisou que lutará na justiça pela guarda de Lucas.

— Essa mulher quer apenas a pensão dele — minha mãe, bufa.

— Ela só pensa em dinheiro — afirmo — já tomei todas às precauções sobre esse assunto — revelo — logo que Lucas saiu do hospital, resolvi fazer um testa de DNA. O exame apenas confirmou minha suspeita.

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