Valentina
O coração acelerou quando ouvi pronunciando meu nome. Virei completamente nervosa para ele. Danilo mantinha seus lindos olhos azuis em mim. Queria entender porque ficava mexida quando nos encontrávamos.
— Danilo — digo.
— Valentina — diz novamente — podemos conversar? — pergunta.
— Podemos — respondo — tem uma cafeteria na outra quadra — falo — poderíamos conversar lá. O que acha?
— Sim.
— Certo — Continuo mexendo na bolsa — só preciso achar minhas chaves.
— Não são essas? — indaga, olhando para minha mão.
— São — falo sem graça.
Já havia destrancada quando fui guardar minhas coisas. Consegui sentir perfeitamente sua respiração atrás de. Tentei controlar aqueles tremores que estava sentindo naquele momento. Fechei o carro, respirei fundo e virei novamente para ele.
— Podemos ir?
— Sim — confirmo.
Seguimos em silêncio para cafeteria. Não passou despercebidos alguns olhares na nossa direção.
— É aqui — aponto para fachada cinza.
Sempre que podia estava aqui. O lugar era aconchegante demais. E nem precisava falar das delícias que eram servidas. Fui surpreendida quando abriu a porta e deu passagem para entrar.
Fiquei olhando aquele salão com diversas pessoas. Parecia que não conseguiríamos lugar naquela tarde.
— Valentina — alguém toca meu braço.
— Sheilla — abraço com carinho — está lotado — falo sorridente.
— Final de mês — sorri — lugar para vocês dois? — pergunta sorrindo.
— Sim — respondo — será que conseguimos?
— Temos uma mesa vaga ainda — comenta — venham comigo.
Sheilla nos acompanhou, entregou os cardápios e afastou-se. Disse que qualquer coisa poderíamos chamá-la.
— Sempre vem aqui? — desvio meus olhos do cardápio.
— Sempre — confesso sorrindo — tenho certeza que voltará outras vezes aqui — afirmo, fechando o cardápio.
Faço sinal para Sheilla.
— Vou querer o mesmo de sempre.
— O senhor? — pergunta.
— Torta de chocolate e café preto — entrega seu cardápio.
Ela anota tudo. Saiu rapidamente em direção ao balcão. Acabo voltando minha atenção para Danilo.
— Recebi algumas ligações hoje — diz, calmamente.
— Pensou que aceitaria seu dinheiro? — indago rindo.
— Sinceramente? — pergunta — achei.
— Não preciso do seu dinheiro, Danilo. Trabalho justamente para não depender de ninguém — falo irritada.
— Não precisa ficar irritada.
— Quem disse que estou irritada?
Danilo dá um sorriso torto e não fala mais nada. Alguns instantes Depois, Sheilla volta com nossos pedidos. O cheiro estava maravilhoso como sempre e minha barriga agradeceu. Eu simplesmente amava aquela torta fria.
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O DESTINO
Storie d'amoreUm bebê. Duas pessoas totalmente diferentes. Dois destino traçados!