Valentina
Tentei buscar rapidamente quando havia sido nosso último encontro pessoalmente, infelizmente as cenas desse dia voltaram com tudo na minha cabeça. Suspirei fundo tentando tirar aquilo da mente.
— Valentina, tudo bem? — ele pergunta.
— Tudo bem — respondo — e contigo?
— Estou ótimo! — afirma — deixa eu apresentar vocês — diz — Valentina, essa é Eva, nossa nova funcionária. Ela cuidará das mídias da empresa.
— Seja bem-vinda — estendo minha mão.
— Obrigada, Valentina. Ouvi muito sobre você.
— Espero que coisas boas — sorrio.
— Tenha certeza disso — pisca — continuamos depois, Danilo.
Eva sorri e caminha na direção do elevador.
— Lídia, não estou para ninguém. Ouviu?
— Ninguém irá atrapalhar — diz sorridente.
Puxei uma cadeira enquanto ele fechava à porta da sala, deixei minha bolsa no colo mesmo, assim conseguia disfarçar um pouco da minha tremedeira que estava.
— Água, suco ou café? — pergunta.
— Água.
Danilo serve dois copos, entrega um para mim e senta na cadeira.
— Lucas? — tento quebrar o gelo.
— Muito bem — sorri — estamos fazendo sua adaptação numa escolinha — diz — ele precisa conviver com outras crianças.
— Isso é ótimo! — afirmo sorrindo.
— Soube o que aconteceu com ele?— Fiquei — falo — graças à Deus não aconteceu nada com ele.
— Nunca senti tanto medo — confessa — já que entramos nesse assunto...
— Danilo — tento interromper ele.
— Peço desculpas novamente — suspira — deveria ter acreditado na sua palavra naquela noite. Fui infeliz em acreditar em Clara — ele morde os lábios — também quero pedir desculpas por... — não termina.
— Por dormir com ela? — indago.
— Não significou nada — fala.
— Mesmo assim dormiu com ela — reviro os olhos — também não quero saber o que rolou naquele quarto — levanto da cadeira— esse assunto é passado.
— Precisa entender...
— Terminamos num dia, no outro estava com Clara. Lógico que entendi — sou irônica.
— Valentina, por favor...
— Por favor o quê? — pergunto irritada.
Danilo mantém seu olhar preso no meu.
— Não queria entrar nessa maldita conversa — pego minha bolsa — agradeço por ter ajudado, Rodrigo.
— Sempre disse que protegeria você. Não vou descumprir isso, Valentina. Mesmo separados sempre irei protegê-la.
— Obrigada, de coração mesmo.
Antes que pudesse abrir à porta ouço falar:
— Volta, por favor.
— O quê disse? — viro para atrás.
— Volta para casa — aproxima-se — sentimos sua falta. Eu te amo, Valentina. Por favor, volta — pede, alisando meu rosto — nunca pensei que fosse sentir isso um dia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O DESTINO
RomanceUm bebê. Duas pessoas totalmente diferentes. Dois destino traçados!