Capítulo 33

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Valentina

Tentei buscar rapidamente quando havia sido nosso último encontro pessoalmente, infelizmente as cenas desse dia voltaram com tudo na minha cabeça. Suspirei fundo tentando tirar aquilo da mente.

— Valentina, tudo bem? — ele pergunta.

— Tudo bem — respondo — e contigo?

— Estou ótimo! — afirma — deixa eu apresentar vocês — diz — Valentina, essa é Eva, nossa nova funcionária. Ela cuidará das mídias da empresa.

— Seja bem-vinda — estendo minha mão.

— Obrigada, Valentina. Ouvi muito sobre você.

— Espero que coisas boas — sorrio.

— Tenha certeza disso — pisca — continuamos depois, Danilo.

Eva sorri e caminha na direção do elevador.

— Lídia, não estou para ninguém. Ouviu?

— Ninguém irá atrapalhar — diz sorridente.

Puxei uma cadeira enquanto ele fechava à porta da sala, deixei minha bolsa no colo mesmo, assim conseguia disfarçar um pouco da minha tremedeira que estava.

— Água, suco ou café? — pergunta.

— Água.

Danilo serve dois copos, entrega um para mim e senta na cadeira.

— Lucas? — tento quebrar o gelo.

— Muito bem — sorri — estamos fazendo sua adaptação numa escolinha — diz — ele precisa conviver com outras crianças.

— Isso é ótimo! — afirmo sorrindo.
— Soube o que aconteceu com ele?

— Fiquei — falo — graças à Deus não aconteceu nada com ele.

— Nunca senti tanto medo — confessa — já que entramos nesse assunto...

— Danilo — tento interromper ele.

— Peço desculpas novamente — suspira — deveria ter acreditado na sua palavra naquela noite. Fui infeliz em acreditar em Clara — ele morde os lábios — também quero pedir desculpas por... — não termina.

— Por dormir com ela? — indago.

— Não significou nada — fala.

— Mesmo assim dormiu com ela — reviro os olhos — também não quero saber o que rolou naquele quarto — levanto da cadeira— esse assunto é passado. 

— Precisa entender...

— Terminamos num dia, no outro estava com Clara. Lógico que entendi — sou irônica.

— Valentina, por favor...

— Por favor o quê? — pergunto irritada.

Danilo mantém seu olhar preso no meu.

— Não queria entrar nessa maldita conversa — pego minha bolsa — agradeço por ter ajudado, Rodrigo.

— Sempre disse que protegeria você. Não vou descumprir isso, Valentina. Mesmo separados sempre irei protegê-la.

— Obrigada, de coração mesmo.

Antes que pudesse abrir à porta ouço falar:

— Volta, por favor.

— O quê disse? — viro para atrás.

— Volta para casa — aproxima-se — sentimos sua falta. Eu te amo, Valentina. Por favor, volta — pede, alisando meu rosto — nunca pensei que fosse sentir isso um dia.

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