Capítulo 36

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Danilo

Sabe aquele momento que temos um terrível pressentimento? Que algo muito ruim irá acontecer? Fazia alguns minutos que estava sentindo aquela sensação horrível. Não conseguia tirar esse aperto do peito.

— Nervoso? — Rafael pergunta — Valentina não irá fugir — rir.

— Está demorando demais naquele banheiro — digo — ainda resolvi dar folga para Jéssica e Solange.

— Calma, irmão — ele toca meu braço — relaxa — sabe como mulher demora.

— Que merda — resmungo.

Kevin, um dos seguranças que nos acompanhavam naquela noite, apareceu correndo e tinha uma expressão de preocupado. Não esperei que dissesse nada. Simplesmente segui na direção dos banheiros, aquela sensação horrível havia voltado com força total. Parei imediatamente quando uma moça apareceu correndo.

— Socorro, socorro! — grita.

Todos que estavam fazendo aula param.

— O quê houve, moça? — seguro pelos braços.

— Levaram ela — fala apavorada — eles apontaram várias armas na minha direção.

— Levaram quem?

— Valentina, irmã do Vinícius. Levaram ela.

— Não, não...  — saio correndo.

Às coisas de Valentina estavam a tiradas quando entrei no banheiro, meu coração deu uma parada em saber que havia levado ela de baixo do meu nariz. Que não cuidei dela como prometi.

— CARALHO — deixo um soco na parede.

— Cadê minha irmã? — Vinícius aparece apavorado — cadê ela? — indaga novamente.

— Aquele desgraçado levou ela — consigo dizer — descumpri minha promessa.

— Precisamos chamar à polícia, Danilo. Temos que achá-la logo. Não quero... Vamos encontrá-la.

Angélica, mãe de Valentina, estava completamente arrasada após saber de tudo. Ela precisou ser medicada e levada novamente para casa. Não tive coragem em olhá-la naquele momento. Tinha consciência que a culpa era toda minha. Inclusivamente minha.

— Não é culpa sua — Cadu senta ao meu lado.

— Como não? — pergunto — Valentina estava sobre minha responsabilidade, Cadu. Viu o estado de Angélica? Nunca irei me perdoar caso algo aconteça com ela. Nunca.

— Às câmeras foram desligadas quando levaram ela — comenta — fiquei sabendo que tem um bar aqui na frente e possui câmeras.

— Vamos imediatamente — levanto da cadeira — quem sabe não conseguimos a placar ou modelo do carro.

— Imaginei o mesmo.

O desgraçado arrastou Valentina na direção de um HB20 vermelho, tentou lutar contra o homem, mas ele acertou algo em sua cabeça que lhe fez perder os sentidos.

— Filho da mãe — esbravejo irritado.

— Precisamos passar essas informações para polícia. Podemos levar uma cópia? — Cadu pergunta.

— Lógico. Vou arrumar rapidamente para vocês.


Camilo, o investigador que estava à frente do caso, aproximou-se e disse:

— Deveriam descansar um pouco — fala — provavelmente ele ligará amanhã.

— Tenho certeza que ligará hoje — Ricardo diz — conheço bem aquele infeliz desgraçado. Ele que não toque um dedo em Valentina — percebo sua raiva.

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