Capítulo 10

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Danilo


Meu amigo, irmão e advogado, Carlos Eduardo, estava bem sentado diante da minha mesa e bebia tranquilamente sua água.

— Bom dia, presidente — diz — chegando atrasado — olha para seu relógio.

— Bom dia, Cadu — retiro meu terno — infelizmente acabei chegando atrasado. Tínhamos marcado algo? — pergunto, ligando meu notebook.

— Estava resolvendo algumas coisas aqui perto — responde — fiquei surpreso ao saber que não estava. Foi curtir à noite?

— Não, meu amigo — falo — passei à noite na casa de Valentina — digo.

— Valentina? — indaga surpreso — estão juntos? Desde quando? Porra, Danilo.

— Não estamos juntos, Cadu.
Relato rapidamente o que havia acontecido na sexta-feira para ele e finalizo:

— Resolvi saber como estava. Não engoli essa história de assalto, Cadu. Valentina estava mentindo na cara dura.

— Espera que contasse à você? Já estão com essa intimidade toda, Danilo? Velho, isso deve ser briga de namorado, ou algo no trabalho.

Namorado.

Essa possibilidade não havia passado pela minha cabeça.

— É, deve ser — digo, encerrando o assunto.



Carlos Eduardo, recebeu um telefonema do seu escritório, e preciso ir embora antes de almoçarmos juntos. Avisou que passaria no meio da semana para visitar Lucas.

Estava próximo do horário de almoço quando decidir fazer algo. Telefonei para Lívia, e pedi para que viesse na minha sala imediatamente.

— Ligue para o restaurante Italiano Diaz, peça uma macarronada ao molho vermelho, acompanhado de almôndegas — Vou lendo o cardápio no celular — suco natural de maracujá.

— Apenas isso? — pergunta.

— Petit gateau — digo — entregue nesse endereço — estendo o papel.

— Certo, doutor.

— Avise quando o almoço chegar.

— Tenho certeza que ela irá gostar — sorri.

Uma hora depois, fui informado por Lívia, que o almoço havia sido entregue no serviço de Valentina.
Seu número estava anotado no meu celular, procurei por ele no celular, assim que achei, enviei uma mensagem para ela.

Tenho certeza absoluta que não comeu nada até agora. Estou certo? Espero que goste de macarronada. Não ficaria com a consciência tranquila em saber que ficaria sem comer.

Bom almoço, Valentina.

Clico enviar. Volto minha atenção para algumas coisas no notebook.





Valentina


Não acreditava que estava chegando atrasada em plena segunda-feira, pior ainda, havia uma reunião com Renato em alguns minutos. Precisei correr o mais rápido possível. Sabia como ele odiava atrasos. Mesmo assim foi esforço não valeu de nada.

— Com licença — digo — desculpe pelo atraso, Renato. O trânsito estava uma loucura hoje — minto.

— Bom dia, Valentina — sorri — tudo bem. Está atrasada dois minutos apenas — diz.

— Sei como odeia atrasos — sento na cadeira livre.

— Aprecio muito sua responsabilidade — suspira.

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