Capítulo 25

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Valentina.


Um cheiro de terra molhada chamou minha atenção, fui abrindo meus olhos e notei que uma pequena chuva caia. Direcionei meu olhar para Danilo, ele parecia concentrado na direção, fiz um movimento e seus olhos encontraram os meus.

— Bela adormecida acordou — sorri.

— Dormi por muito tempo? — pergunto.

— Uma hora, eu acho. Muito cansada?

— Ansiosa — confesso — não dirá mesmo?

— Estamos chegando, Valentina — ri.

O celular dele toca, e vejo o nome de Lins.

— Tudo certo? — pergunta.

— Sim, doutor Danilo. Pode ficar despreocupado.

— Obrigado, Lins — desliga — não queremos surpresas quando chegarmos — fala, assim que olho para ele — só quero curtir esses dias contigo, Valentina. Sem estresse algum.

— Também quero aproveitar esses dias, Dan. Só esquecer tudo que vem acontecendo — desvio meu olhar do dele.

— Vamos esquecer — alisa minha coxa.

Sabe aquele arrepio gostoso que sentimos? Foi o que senti quando sua mão alisou minha coxa. Era impossível não lembrar daquela noite que passamos juntos, depois dali, não aconteceu mais nada entre a gente.

— Chegamos! — anuncia — bem-vinda!

— Meu Deus! — exclamo — que lugar lindo!

— Gostou? — pergunta.

— Quem não gostaria desse lugar? — desço rapidamente do carro.

— Venha, precisa conhecer por dentro — segura minha mão — depois pegamos nossas malas — diz — tudo sobre controle, Lins? — indaga.

— Sim — responde — Boa tarde, senhorita.

— Boa tarde, Lins — falo — como está sua esposa e o bebê?

— Estão ótimos! — sorri contente — na próxima semana poderemos descobrir o sexo.

— Que maravilha. Tem preferência?

— Não, senhorita — responde — vindo com saúde, é o que importa.

— Podemos entrar? — Danilo indaga.

— Vamos — digo.

— Chame caso precisar, Lins.

— Certo.

Uma sensação de paz invadiu meu coração assim que pisei dentro daquela casa. Algo que não sentia fazia algum tempo.

— Linda, simples e aconchegante — digo.

— Quero lhe mostrar ela — sou puxada por ele.

Danilo parecia uma criança enquanto mostrava sua casa, notava-se que estava relaxado naquele momento e gostava quando ficava daquela forma.

— Aqui é nosso quarto — fala, abrindo a porta para entrar — como estava dizendo antes, essa casa precisou passar por algumas reformas e fiquei muito satisfeito com resultado final.

— Ficou linda! — exclamo sorrindo — acertou em cheio ao comprá-la.

— Sempre acerto nas minhas escolhas — pisca.

— Convencido — caminho pelo quarto.

— O pôr do sol daqui é lindo. Tenho certeza que vai amar.

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