Capítulo 14

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Danilo

Alguns dias depois.

Fazia algumas horas que estava dentro daquele estúdio de fotografia. Às modelos eram realmente lindas, isso não poderia negar, mesmo assim, faltava algo ali. Algo que não conseguia encontrar ainda.

— Terminamos por hoje — o fotógrafo, diz — quero todas no mesmo na amanhã. Sem atrasos.

— Gostaria de ver às fotos — peço.

— Claro — mexe na câmera dele.
Todas às fotos estavam maravilhosas. Seria difícil escolher algumas para fazer parte do catálogo. Agora entendia porque esse homem era um dos melhores do seu meio.

— Perfeito — coloco meus óculos — quero todas no meu e-mail — digo.

— Receberá hoje mesmo — garante.

Estava caminhando para fora do estúdio, quando sinto à presença de alguém ao meu lado.

— Oi — ela diz.

— Oi.

— Aline — estende sua mão — Danilo, certo?

— Sim.

— Sairemos para beber mais tarde — fala — não deseja nos fazer companhia? — pergunta.

— Não — sou curto e grosso.

— Caso mudar de ideia — entrega um papel — aqui está meu número — sorri — estarei esperando sua ligação.

Recebo uma piscada da modelo, olho rapidamente o papel e coloco no lixo. Se fosse em outro tempo...


— O quê faz aqui? — pergunto assim que chego em casa — quem deixou entrar?

— Avisei que estava chegando, Danilo. Esqueceu da minha ligação? — indaga sorridente.

— Pensei que havíamos conversado tudo — digo — não temos nada para tratar.

— Podemos seguir para seu escritório? — levanta do sofá — ou prefere que todos escutem nossa conversa?

— Espero que seja rápida.

Seguimos para meu escritório, fecho a porta e caminho para minha mesa.
— Estou precisando de dinheiro — fala.

— Gastou toda aquela quantia? — pergunta.

— Minha vida não é barata — suspira — preciso de 200 mil reais.

Acabo soltando uma gargalhada.

— Não terá dinheiro meu — falo sério — já tirou o bastante nesses últimos meses.

— Como é? — larga sua bolsa.

— Isso que ouviu.

— Você dará esse dinheiro — diz irritada — está querendo passar vergonha no tribunal? Recebo o dinheiro ou todos iram saber.

— Quem acreditará em você? — cruzo meus braços.

— Danilo.

— Cai fora daqui.

— Não pode fazer isso.

— Estou fazendo, Sonia. Chega dessa merda toda. Não terá mais dinheiro meu. Ouviu bem? Vai trabalhar e sustentar seus vícios.

— SEU DESGRAÇADO — grita — VOU ACABAR COM VOCÊ.

— Faça isso fora da minha casa — peço.

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