Capítulo 35

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Danilo


Não estava aguentando ficar deitado naquela cama de hospital, sendo examinado todo hora e comendo aquela comida totalmente sem sal deles. Um barulho na porta chamou atenção, tirei meus olhos da gelatina que comia e encontrei com Cadu.

— Por que não fui avisado ontem ? — entra perguntando — pensei que fossemos irmãos.

— Que drama — digo — aconteceu muito rápido.

— Tenho tempo — aproxima da cama — fiquei muito preocupada contigo, cara. Quando soube que estava hospitalizado. O que aconteceu afinal?

— Dengue. Acredita nisso? Ainda inventei de ingerir um medicamento em casa.

— Caralho — puxa uma cadeira — falou com seus pais?

— Conversei com eles mais cedo — responde — ambos estavam num hotel fazendo com Lucas e Rafael. Todos irão fazer exames de sangue — falo.

Ouvimos um barulho vindo do banheiro.

— Acompanhado? — pergunta sorrindo.

— Valentina.

— Voltaram?

— Sim — sorrio — não aguentava mais ficar longe dela.

— Finalmente — levanta às mãos — estava cansando de aguentar seu drama.

— Quer falar sobre drama? — indago.

— Cala a boca — diz rindo.

Valentina tinha um lindo sorriso quando deixou o banheiro. Com certeza havia escutado a conversa inteira.

— Valentina — Cadu, levantou da cama — saudades.

— Também estava — responde, abraçando ele com carinho — não queria atrapalhar a conversa de vocês.

— Imagina — ri — não posso demorar muito. Quando recebe alta? — pergunta.

— Depende da febre — falo — espero que segunda-feira esteja na minha casa — resmungo.

— Boa sorte, Valentina — beija o rosto dela — já é chato normalmente, imagina doente — debocha — agora preciso ir mesmo. Qualquer coisa liguem. Certo?

— Certo! Obrigado pela visita — agradeço — aviso assim que tiver alta.

— Avisa no mesmo dia que sair.

— Como é dramático, Cadu — rio — será avisado no mesmo dia, tenha certeza disso.

— Vou buscar um café — Valentina avisa — não demoro — informa.

Valentina entrou segurando um corpinho térmico entre às mãos, ela fechou a porta e caminhou na direção da cama. Sentou-se e alisou delicadamente minha mão.

— Precisa de alguma coisa? — pergunta.

— Seus beijos — respondo sorrindo — do seu corpo junto ao meu.

Valentina fica totalmente tímida com minha resposta.

— Também estou com saudades — admiti, aproximando sua boca da minha — não apenas dos seus beijos — fala, beijando meus lábios.

— Valentina... — falo baixinho.

— Quero fazer uma pergunta — seu tom de voz muda.

— Faça! — digo.

— Por que acreditou nas palavras de Clara?

— Não sei responder muito bem essa pergunta, Valentina. Nunca tive uma queixa sobre o trabalho de Clara. Sempre tratou tão bem Lucas, mas infelizmente as aparências enganam. Isso não quer dizer que duvidei da sua palavra...

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