O DESTINO

Capítulo 16

Valentina.

Alguns dias depois.

Sophia mantinha-se em silêncio após relatar tudo para ela. Não escondi nada. Desde o nascimento de Lucas, ao beijo com Danilo.
— Está assustada com esse novo sentimento? — pergunta calmante.

— Bastante — suspiro.

— Não superou aquele homem de anos atrás?

— Saulo? — indago.

— Ele mesmo.

— É passado — respondo — nunca mais tive notícias dele. Nem quero também — afirmo.

— Muito bem — diz — pensa em dar uma chance à Danilo?

— Ele disse que podemos ir devagar — falo — não quero puxá-lo para minha escuridão. Também não quero ficar longe dele. Estou confusa, Sophia.

— É normal que fique assim, Valentina. Mas fico feliz que esteja confusa — sorri.

— Porquê?

— Disse que não ficaria com mais ninguém — lembra — depois daquela história com Saulo.

— Passei à semana inteira com isso na cabeça — confesso — o quê faço?

— Siga seu coração — pede sorrindo — Tenho certeza que fará a escolha certa.

**

Estava finalizando meu cabelo quando ouvi à campainha sendo tocada. Precisei larguei o creme sobre minha cama, limpar às mãos na toalha e segui para atender a pessoa. Quando cheguei na porta, olhei pelo olho mágico e abri um sorriso. Meu coração acelerou, e levei alguns minutos para acalmá-lo. Destranquei a porta e abri.

Lucas soltou um gritinho quando sorri para ele. Imediatamente peguei ele no colo, beijei e senti seu perfume de bebê.

— Que visita maravilhosa — beijo sua bochecha.

— Ficamos esperando sua visita — ele fala.

— Precisei resolver algumas coisas — minto — desculpa — estava pensando em ligar hoje.

— Sorte que apareci hoje — pisca — podemos entrar?

— Desculpa — digo — vou terminar de arrumar meu cabelo.

— Vamos no parque? — pergunta — Lucas precisa pegar um pouco de vitamina.

— Sim — entrego Lucas para ele — não demoro.

— Ei, espera um momento — Lucas é colocado no chão — não esqueceu de nada? — para na minha frente.

— Do quê? — indago confusa.

— Meu beijo — avança na minha direção.

Logo seus lábios estavam contra os meus. Danilo segura levemente meu pescoço, enquanto sua outra mão, para na minha cintura. Meu coração disparou mais rápido quando nossas línguas se encontraram novamente. Minha mão esquerda parou em seu ombro, apertei de levei e aproximou um pouco mais nossos corpos.

— Agora assim — separa nossos lábios — estava louco para beijá-la.

— Não demoro — aviso.

Volto rapidamente para meu quarto. Procuro algo melhor para vestir, e sair com eles. Foram alguns dias indecisa, em ligar ou não ligar para Danilo. Esse novo sentimento estava me assustando um pouco e não sabia como lidar.

— Calma, respira — falo diante do espelho.

Ele não é o Saulo.

Repito mentalmente.