"Garotão"

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Enri

Depois, da Lu me convencer a ir ver a Luci, usando o código de amizade. Decidi usar isso, como uma ultima tentativa de me aproximar da dela .

Pesquisei na internet, cuidados para quem está com uma torção, caso ficássemos numa situação constrangedora. Mas acabei encontrando algo que, poderia me ajudar como muleta para um passo maior, que talvez com sorte, fizesse com que ela percebesse o que eu sinto.

Quando chegamos na casa da Luci, ela me olhou por traz do abraço que dava na Lu, com um olhar meio receoso. Acho que por não saber como agir, realmente estávamos nos desentendo muito nos últimos tempos. Então, resolvi quebrar a tensão zoando com ela, que foi na onda, tornando o clima mais leve. Quando entramos, fiz questão de ser o mais cavaleiro possível, com o intuito de chamar sua atenção. 


Quando a Lu foi preparar mais pipoca, vi ali minha oportunidade. Toquei no assunto da massagem para quem teve torção, como quem não queria nada, e me ofereci para massageá-la. Fiz questão de ser o mais carinhoso possível! E acho que, mesmo por um breve instante, ela percebeu que tinha algo rolando ali.


Quando a Lu voltou se sentou no outro sofá. Então, não tive que sair de onde estava, e continuei a acariciar as pernas delas. Sem nenhum motivo aparente, além da minha vontade de toca-la.

Acho que, a Lu sacou o que eu estava fazendo, e disse que ia ao banheiro, nos deixando sozinhos. Vi ali minha deixa!

Pensei em como, tocaria no assunto sem assusta-la, e resolvi usar a velha tática de que, tenho um "certo amigo". Relatei uma situação semelhante à nossa, para não dizer idêntica, para ver como ela reagiria.

E para minha desagradável surpresa, ela não só teve total aversão a ideia. Como suas palavras, saíram como um soco no estomago.

Não entendo! Realmente, não entendo! Ela sai, com tantos caras babacas, e eu a conheço desde de sempre!

Tirando, o ciúmes que nos levou aos nossos últimos desentendimentos. Somos tão parecidos, nossos gostos particulares! Seria como, seguir com o fluxo natural da vida. Mas, ela não enxerga isso, me vê como um irmão, e apesar de me chamar de "garotão", parece que ainda sou aquele garoto de 8 anos para ela.

Não consegui esconder minha decepção. Eu apenas, balancei minha cabeça em confirmação e disse que daria o toque pro tal "amigo", e fui me sentar no carpete o mais longe possível, para que ela não visse minha expressão de derrotado.


Enquanto estava no carpete, recebi uma mensagem de uns dos caras do colégio, que vivem me convidando para as festas e eu sempre recusei. Mas, hoje não sei se pela decepção, ou pela vontade de esquecer tudo, decidi que iria.

Esperei a Lu voltar do banheiro, e me despedi de ambas.  Sai da casa, dei uma ultima olhada para a casa da Luci, me lembrando dos ótimos momentos que passamos ali.
Mas, eu tive que me apaixonar, por uma das minhas melhores amigas, ainda por cima. E pra piorar, não ser correspondido! Não sei, como lidar com o que eu sinto. Então, tudo que posso fazer, é me afastar!

Quando cheguei a festa, reconheci uns caras do colégio que vieram me cumprimentar. Junto com algumas, das garotas que fazem questão, de me cumprimentar com beijos e abraços demorados no corredor do colégio. Ao contrario da Luci, elas pareciam felizes em me ver, e totalmente propensas a terem algo a mais de mim.

Uma possível história de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora