O vasto manto que é meu coração!
Vago pelos prédios de cartas da sexta arte,
Sou, hoje, residente em terras que nem sei onde ficam e
protejo-me da chuva, com o meu manto.
Parece que somos prédios programados para serem demolidos
Parece que já nos construíram com esse intuito.
Até mesmo os arranha-céus...
O céu por raiva os demoliu;
Somos prédios construídos com concreto e explosivos.
E como regra e padrão
Nascemos para sermos quebrados
Se não é por fora, é por dentro!
Saímos da vagina do relento
Somos a dor, o afago e o cimento.
Somos como Sodoma e Gomorra!
Nem adianta questionar,
Somos formandos na faculdade
de pecados da Babilônia.
Mas se eu pecar, meus amigos...
Desejarão que eu morra!
E essas suas bocas parecem privadas públicas
De um povo que já foi proibido de sorrir
Que já derramam sangue e prantos sobre a rua
Mas se rendem à essa miséria moral quando saudam uma mulher nua... É puta?
Como todo poeta que é bom
é poeta morto
Sou morto-vivo e
não sei o que sou.
Se a solidão
é um cavalo,
É cavalgando
que eu vou!Mas meu coração é um condomínio de altos prédios
Aqui há muita sombra, pouca luz
E isso dá jus ao meu sofrimento.
Porque já vi esse filme antes: seu eu for confiar em alguém
vou ser vaca, e morrer no brejo também.
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Uma flor rompe o meu crânio
Poetry"(...) que no portal da alma não possa ser vista mais a tristeza que a tristeza apenas seja vista em meus olhos, nada mais..." - O Teu Olhar _________________________________________ Cada poema neste livro é um pedaço do meu (in)consciente. Cada po...