Prendo-me à escuridão
Abraço-me ao chão
Sei que isso de pouco adianta
Ou, de fato, não serve pra nada
A fumaça azul que sai do chão sobe ao céu
E vira nuvem de chuva!
Chove em mim uma bruma
Que, às vezes, ser sozinho é uma certeza absoluta...As silhuetas das árvores de solidão se mostram em destaque
N’uma floresta de árvores de saudade
Que, n’outras vezes, a habitação da Tempestade (Shakespeare talvez não tenha gostado)
se encontra em meu peito
E eu não só vim aqui para sentir esta dorzinha
Eu sei que guardo mágoa até da grama, por esta dorzinha
Sei, também que, às vezes, os ecos me deixam louco; talvez seja pouco, talvez você me mate
Sei que prometi aos céus que não usaria mais da métrica
Abandonaria quaisquer que fossem os meus mais antigos conceitos
Mas, ainda sim, semeio o mesmo jardim;
A mesma mente histérica!
Vou navegar no mar da histeria
Jogar no mar toda esta melancolia
Que d'onde aprendi a ser esperto
O que me resta como afago é a poesia...!
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Uma flor rompe o meu crânio
Poetry"(...) que no portal da alma não possa ser vista mais a tristeza que a tristeza apenas seja vista em meus olhos, nada mais..." - O Teu Olhar _________________________________________ Cada poema neste livro é um pedaço do meu (in)consciente. Cada po...