Estação da Luz

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O que me resta são mãos quentes
em tempos nublados e frios.
No jardim da Casa das Rosas encontrei
uma flor; esperava a rosa me cativar...
Agarrei-me aos sebos e aos livros de poemas,
perdido em diferentes cantos da Consolação;
à luz de me alegrar me pus a cantarolar
em pleno metrô, às sete e pouco da manhã.
E talvez eu deva morar na Estação da
Luz, pois ouvi, em uma música, sobre pessoas
de coração escuro morarem na
Estação da Luz.
São cafés e quietudes todas as manhãs! com o sol ou sem ele! chovendo ou não! Sempre às manhãs.
Pois espero afeto de éssipê. espero afeto vindo dos livros de poemas que leio. espero afeto do frio: espero poder tocar você! espero que coexistamos.
Ademais, quero o teu consolo, Consolação! pois, ingenuamente relaciono o teu nome ao fato de eu ser carente e esperar
afeto de uma rua. e se for seguir o raciocínio:
me chamo Caio, e hei de esperar a minha queda...!
[Engraçado é ver que só é poeta quem sente
um pouco de solidão que seja; e eu me entristeço!
Me leve à Consolação ou às estrelas, só não
me deixe dormir por mais uma noite na
Estação da Luz.]

Uma flor rompe o meu crânio Onde histórias criam vida. Descubra agora