Trago o Café

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Minhas alergias fazem parte de minhas poesias
À noite todos os poetas e todas as poetisas estão chorando em casa
E ao cheiro das damas-da-noite
Mantenho-me forte, no semblante de poeta deprimido
de sonhador esquecido...
E com essas últimas chuvas
Todas as xícaras de café foram derramadas
Todas as últimas fotografias foram tiradas
E a fotografia, ah, é o poema do tempo.
Ainda sofro muito ao relento!

Meu medo e meu receio,
Tudo isso é o vapor d'um café que está
Na janela, e a brisa dispersou.
Meu bem, meu coração ainda bate forte por você,
Ainda teima em seguir em frente...

A noite cai, e os crentes na poesia estão em casa
Tomando algum café
Fumando algum cigarro
Sempre se lembrando
Que ainda, para um poeta, sofrer é poético...
E não cair em prantos, antiético.

Uma flor rompe o meu crânio Onde histórias criam vida. Descubra agora