Entardeceres Vãos!

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Drummondzinho é companhia
em noite fresca como esta.
Não tomei um café sequer, também não
tomei chá algum.
E tu, tresloucado amigo que fita entardeceres,
                               [és bravo o suficiente
para chorar esta noite?
És bravo o bastante para escrever um peoma
                         [de amor nesta noite fria
de comecinho de novembro?
Pois acho que não és... Eu não sou, aliás!
És, sou... somos bravos assim como a noite é                                                                                                                  [brava!
ai de mim não temê-la!
Ainda, mesmo que pouca, resta-me consciência.

E se me perguntas em agonia, impreciso amigo, sei sobre os teus temores erradios aos
                                   [olhos e sempre vis
ao coração, mas entendas: apenas creio e
descreio num divino pois temo que
a Eternidade seja uma sala escura sem portas
                                                  [ou janelas
e sinto medo da inexistência!
Apenas me digo crente em algo pois me é confortável e é um repouso para a minha
                                                      [alma.    
Portanto, sou um ateu covarde, imagino.

Seria tão mais simples se as coisas
não falassem;
como se o povo do mundo todo se calasse e
e me desse o mínimo de amor.
                                            

Uma flor rompe o meu crânio Onde histórias criam vida. Descubra agora