Capítulo 6
O escritório de Jimin estava imerso em uma penumbra silenciosa, apenas a luz do abajur sobre a mesa de mogno lançava um brilho dourado nas paredes cobertas de livros. Sentado na cadeira de couro marrom, Jimin segurava um copo de uísque puro, o líquido âmbar brilhando suavemente conforme ele o girava devagar. Em seu colo, Candice permanecia imóvel, a mente perdida em memórias sombrias.
Ela ainda conseguia ver a expressão fria no rosto de Jimin quando ele puxou o gatilho, matando Carl a sangue frio. Tudo havia acontecido tão rápido. Ela sentia a tensão no ar, mas Jimin, como sempre, parecia imperturbável. Ela sabia que ele era capaz de feitos cruéis, mas ver aquilo com seus próprios olhos era outra coisa.
O silêncio foi abruptamente interrompido quando a porta do escritório se abriu com um estrondo. Jungkook e Taehyung entraram, e a fúria nos olhos de Jungkook era evidente. Ele se aproximou de Jimin, os punhos cerrados e o rosto ruborizado de raiva.
— Que porra você fez, Jimin? — Jungkook vociferou, a voz ecoando pelas paredes. — Matar Carl aqui, na sua casa, enquanto há uma festa acontecendo lá embaixo? Você enlouqueceu?
Jimin ergueu os olhos do copo de uísque, olhando para o irmão mais novo com uma expressão de desdém. Ele deu um gole na bebida antes de responder, sua voz calma contrastando com a tempestade que se desenrolava diante dele.
— Fiz o que estava combinado, Jungkook. — disse ele, com indiferença.
Taehyung, que até então havia permanecido em silêncio, deu um passo à frente, tentando apaziguar a situação. Dos três, ele era o mais centrado.
— Jimin, o plano não era esse. — começou ele, a voz mais controlada. — Nós íamos hackear as contas bancárias de Carl, transferir todo o dinheiro dele e, quando a festa estivesse terminando, levaríamos Carl para um galpão isolado. Só então daríamos um fim nele. Agir de forma tão impulsiva colocou todos nós em risco.
Jimin deu de ombros, como se as palavras de Taehyung não tivessem importância.
— O que está feito, está feito. — respondeu ele, a voz fria e desinteressada.
A ira de Jungkook só aumentou com a resposta desdenhosa de Jimin. Ele deu um passo à frente, o rosto a poucos centímetros do irmão mais velho.
— Você só fez isso por causa do que o velhote poderia fazer com essa vadia, não é? — acusou Jungkook, os olhos ardendo de frustração.
Candice estremeceu ligeiramente no colo de Jimin, mas permaneceu em silêncio, os olhos fixos em um ponto distante na sala. Jimin estreitou os olhos. A mão que segurava o copo de uísque o apertou com mais força, assim como ele fez com a sua mão apoiada na coxa de Candice, que endureceu ao sentir o toque bruto dele.
— Carl era uma pedra no meu sapato. — disse Jimin, sua voz um sussurro gelado. — E eu não deixo pedras no meu sapato.
O silêncio se instalou novamente no escritório, pesado e tenso. Jungkook e Taehyung se entreolharam, conscientes de que a discussão não levaria a lugar nenhum. Jimin havia tomado sua decisão, e agora todos teriam que lidar com as consequências.
— E o que a sua vadiazinha viu no quarto? — perguntou ele, o tom carregado de desconfiança. — Ela viu tudo, não é?
Jimin olhou para Candice e depois para Jungkook, sua expressão se tornando ainda mais fria.
— Sim, ela viu tudo. — disse ele, sem emoção.
Jungkook deu um passo à frente, a voz cheia de acusação.
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Ruínas
FanfictionEm uma cidade onde o dinheiro e o poder ditam as regras, uma jovem ambiciosa chamada Candice, se vê envolvida em um jogo perigoso de desejo, poder e traição com dois irmãos ligados a uma máfia implacável. Enquanto Candice planejava roubar tudo o que...