Ruínas

Capítulo 8

Capítulo 8

Candice estava sentada no parapeito da janela de seu quarto, olhando para a vastidão dos jardins da mansão. As flores e arbustos cuidadosamente mantidos contrastavam violentamente com a escuridão que se alastrava em seu coração. Cada dia passado sob o domínio de Jimin apenas reforçava sua determinação de escapar e se vingar. Ele a mantinha cativa, uma prisioneira em uma gaiola dourada, e ela sabia que viver naquele relacionamento era impossível. Jimin jamais seria capaz de tratá-la bem ou de demonstrar qualquer sentimento bom.

Enquanto refletia sobre sua situação, Candice decidiu que a única maneira de recuperar sua liberdade era destruir Jimin. Ele a havia levado à ruína e agora era sua vez de fazê-lo experimentar o mesmo desespero.

Candice passou os dias seguintes observando atentamente a rotina da mansão, buscando brechas e pontos fracos que poderia explorar. Sabia que não podia confiar em ninguém além de si mesma. Jimin e Jungkook eram monstros frios e implacáveis, Taehyung era bastante inteligente e centrado, e qualquer passo em falso poderia ser seu fim. Precisava ser meticulosa, paciente e acima de tudo, convincente em seu papel de mulher submissa e leal.

Jungkook, em particular, era uma presença constante e ameaçadora. Ele nunca escondia seu desprezo por ela, e cada encontro com ele era uma prova de sua resistência. Candice sabia que Jungkook a vigiava de perto, buscando qualquer sinal de fraqueza que pudesse usar contra ela. Mas ela precisava ser mais astuta.

Candice começou a fingir aceitação, fazendo-se passar por uma garota obediente que finalmente havia encontrado seu lugar ao lado de Jimin. Ela sorria mais, falava menos e fazia questão de mostrar gratidão pelas pequenas atenções que Jimin lhe dava. Lentamente, notou que ele começava a baixar a guarda, permitindo-lhe mais liberdade dentro da mansão. Mas sua liberdade era uma ilusão calculada, parte de um plano maior que ela elaborava em segredo.

Ela aproveitava cada oportunidade para aprender mais sobre os negócios de Jimin, prestando atenção às conversas, estudando documentos e memorizando senhas. Sabia que a confiança era a chave para obter o controle de tudo o que ele tinha.

Ao passar pela sala, no andar de baixo, ela notou o claro pela fresta da porta do escritório de Jimin, entregando que ele ainda estava lá. Candice respirou fundo e foi até o minibar perto da sala, pegando um copo de vidro e o enchendo de uísque puro, como Jimin gostava.

Ela entrou no escritório sem fazer barulho e da porta o observou concentrado em papéis e planilhas que estavam espalhados pela mesa. Ela sabia que essa era a oportunidade perfeita para dar um passo ousado em seu plano. Respirando fundo, entrou no escritório, fechando a porta silenciosamente atrás de si.

Ela se aproximou dele com o copo de uísque em mãos. Ele levantou os olhos, surpreso, mas aceitou a bebida.

— Para você relaxar um pouco. — Disse suavemente, sentando-se na borda da mesa. — Ultimamente você tem trabalhado muito, Jimin. — Começou a dizer. — Não sei como consegue passar horas sentado aqui. — Levantou da mesa de madeira e contornou-a, parando atrás da cadeira preta com detalhes dourado e exuberante que Jimin estava sentado.

— Já estou acostumado com isso. — Ele disse dando de ombros, escondendo os papéis que ele analisava dentro de uma pasta preta. Candice quis soltar um suspiro pela falta de confiança dele com ela, mas se conteve. Não seria nada inteligente da sua parte demonstrar interesse em seus negócios.

— Ainda assim... — Passou suas mãos macias sobre os ombros tensos dele, dando leves apertões em forma de uma massagem relaxante para Jimin. Ele realmente estava cansado e exausto daquelas leituras de contratos e planilhas de carregamentos sem fim. — Pensei que eu poderia fazer alguma coisa para te ajudar a relaxar.