Ruínas

Capítulo 41

Capítulo 41

Jimin ficou paralisado no meio do quarto, com os ecos das palavras de Candice ressoando em sua mente. A traição, fria e calculada, cravou-se em seu coração como uma lâmina gelada. Ele lutava para manter o controle, mas a raiva fervilhava, ameaçando explodir a qualquer momento. Por um instante, o mundo ao seu redor parecia desmoronar, como se tudo o que ele conhecia estivesse sendo arrancado de suas mãos.

Ele correu para o closet, puxando gavetas e portas, mas tudo estava como ela havia deixado, exceto por algumas peças de roupa faltando, o que indicava que ela havia partido com pressa, mas não sem planejamento. Ele se apoiou na parede, sentindo as pernas fraquejarem. Tudo estava indo de mal a pior. Primeiro, Taehyung preso, agora, Candice havia o roubado. O que mais poderia dar errado naquela noite?

Ele fechou os olhos, respirando profundamente, tentando acalmar o turbilhão de emoções. Sabia que precisava pensar com clareza, que agir com impulsividade só pioraria as coisas. A voz de Candice ainda reverberava em sua cabeça: "Isso sempre foi parte do plano." Cada palavra dela o atingia como uma pancada, e o peso da realidade era quase insuportável. Como ele não havia visto isso antes? Como permitiu que ela chegasse tão perto, apenas para destruir tudo?

Ele pegou novamente seu celular e ligou para Carter. Sua voz estava grave e tensa, refletindo a urgência da situação.

— Carter, precisamos rastrear o celular de Candice. Use todos os recursos disponíveis. Quero saber onde a vadia está agora.

Carter não perdeu tempo. Ele sabia que a situação era crítica e, sem hesitação, começou a coordenar a equipe de hackers para rastrear o sinal do celular de Candice. Os minutos seguintes pareciam se arrastar, cada um pesando mais que o anterior. Jimin percorria a casa como um leão enjaulado, a mente trabalhando a mil por hora, buscando respostas onde não havia nenhuma.

Finalmente, Carter retornou à ligação, mas a notícia não era boa.

— Senhor, o telefone dela foi desligado ou destruído. Não conseguimos rastrear o sinal. Estamos tentando outras alternativas, mas até agora, nada.

A resposta fez o estômago de Jimin revirar. Candice estava se mostrando mais astuta do que ele havia imaginado. Ele fechou os olhos, lutando contra a sensação de impotência que ameaçava dominá-lo. Mas ele não podia se permitir fraquejar, não agora.

— Continuem tentando. Quero todos os nossos contatos na rua, qualquer pista, qualquer sinal. Quero que a encontrem, Carter. Não importa o que custe.

Desligando o telefone, Jimin se virou para a janela, olhando para a escuridão lá fora. As luzes de Seattle brilhavam à distância, indiferentes ao caos que se desenrolava na vida dele.

A dor da traição estava misturada com uma fúria implacável. Cada segundo que passava sem uma resposta concreta fazia a raiva crescer, alimentando um desejo insaciável de vingança.

Ele sabia que Candice tinha razão em uma coisa: se ela voltasse, não haveria clemência. A traição dela não era apenas pessoal, era profissional, um golpe calculado para destruir tudo o que ele havia construído. E ele não podia deixar isso impune.

O telefone em sua mão vibrava com notificações constantes — mensagens de seus homens, relatórios sobre a situação de Taehyung, e comunicações sobre a segurança de sua organização. Mas ele mal conseguia se concentrar. Tudo o que importava naquele momento era encontrar Candice e recuperar o controle.

A primeira coisa que precisava fazer era identificar como ela havia conseguido desligar as câmeras e o sistema de segurança. Alguém tinha ajudado, e esse alguém também precisaria pagar. Ele se dirigiu ao escritório, onde os computadores ainda estavam ligados. Carter havia feito um bom trabalho ao restaurar o sistema, mas agora ele precisava de mais. Precisava de rastros, de pistas, de qualquer coisa que pudesse levá-lo a Candice.