10. O Beijo Forçado.

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- O que estás a fazer? – Ele abriu a porta de comunicação para a secretária dele, arrastando-me até ao seu escritório e apenas aí me largou.

- Não! Essa pergunta é a errada! O que raio, andas a fazer? – Encarei-o não entendendo o que afinal ele tinha, mas sabia que as coisas não estavam mesmo nada fáceis para os meus lados, nem por sombras.

- O que se passa contigo? Em casa estava tudo bem, agora em frente ao Raúl armas-te em pervertido? O que se passa contigo! – Tentei afastar-me dele, mas as suas mãos desceram até aos meus pulsos e prensaram-me na porta, que estava exatamente atrás de nós, encostando-se a mim. – Harry, o que… - Ele encostou-se a mim, baixando-se um pouco para colocar o seu nariz no meu pescoço, fazendo-me cócegas, mas ao mesmo tempo produzia-me uns calafrios que simplesmente eram difíceis de controlar.

- Oh Diana, tu cheiras tão bem! É quase a rosas e canela, é um cheiro tão bom! – Olhei para os seus caracóis, tentando soltar-me dele, mas as coisas simplesmente não funcionam quando o Homem em questão é maior do que tu, não é verdade?

- Harry larga-me, o que estás a fazer? Larga-me! – Ele apenas me encarou, sorrindo travesso, como sempre que olhava para mim e eu pela primeira vez, fiquei com medo do que daí viria.

- Eu ainda terei algo teu, mesmo que o meu paizinho não deixe! – O que é que o Robert fazia no meio daquela questão toda?

- O Sr.Robert? – Perguntei receosa do que dai viria, porque coisa boa não era de certeza.

- Sim! – Antes que pudesse tentar fugir novamente, ele tomou os meus lábios, beijando-os com força, demandando a sua sede, algo que me apanhou de surpresa, pois nunca na minha vida tinha sido beijada assim, pelo menos não até chegar este desastre ambulante e tentar sempre retirar algo que não lhe compete!

Tentei desviar a face, mas no segundo em que ele pediu acesso á minha boca, eu cedi e o plano foi todo pelo inferno, sentindo as suas mãos na minha face, enquanto eu o agarrava pelo pescoço. Eu apenas poderia ser um caso perdido.

Um autêntico caso perdido!

Quando ele se afastou de mim, sorria que nem uma criança, mas eu não estava bem nos meus dias, tinha tudo á volta na minha mente! Eu nem sequer sabia o que infernos eu deveria fazer. Sentia-me tão pequena, tão insignificante, pelo que retirei a minha mão da sua volta e afastei-o de mim, ignorando a sua rija ereção que estava anteriormente bem junta a mim, e abri a porta, saindo de seguida. Sem dúvidas, o pequeno-almoço estava fora de questão!

Praticamente corri, novamente para a minha secretária, passando direta á casa de banho, como se fosse uma adolescente que tivesse recebido o seu primeiro beijo. Não era que ele me tivesse beijado, mas o beijo em si, e o que ele me fez sentir.

- Diana, o que se passa? – Olhei para o Raúl, que continuava boquiaberto e desapareci porta adentro, ignorando-o e sentando-me no chão daquele local, que não era nem um pouco acolhedor.

Coloquei as mãos nos meus olhos e suspirei fundo diversas vezes, aproveitando para me sossegar um pouco e deixar-me mais descansada, porque eu nunca deveria deixar algo como aquilo acontecer. Tinha sido um erro de todo o tamanho, para não falar que a minha vida já não era fácil com ele sempre a dar em cima de mim a chamar-me Cherry, como agora, ainda teria que o aturar naquele modo galinha, que coisa! Se eu sonhasse que algo assim iria acontecer, eu prometo que nunca na minha vida, pensaria em deixa-lo dormir lá em casa por causa de andar a fugir de uma mulher que tinha a obsessão de me atirar com as culpas por cima de tudo de mal que acontecia na vida dela.

Eu só poderia ter uma seta nas costas!

Olhei para o relógio e vi as horas, oito em ponto, pelo que teria que ir para a secretária, mas não poderia ir naquele estado! Andei até á bancada e passei água na cara umas vezes, sabendo que apenas ajudaria a disfarçar, mas que até chegar á próxima hora e meia, ninguém iria deixar de reparar nos meus olhos vermelhos e no meu atraso para as tarefas!

Womanizer. HSOnde histórias criam vida. Descubra agora