15. -Hoje preparo o jantar! -Devo ficar preocupada?

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- Eu não preciso de ser paga por isso, pois trabalho bem para receber o meu ordenado, além disso, não me paga, porque nós não estivemos na cama! Satisfeita? Feliz? – Falei com rapidez, vendo o Harry a vir na nossa direção, ficando um pouco afastado nas minhas costas.

- Vocês têm demasiada cumplicidade entre os dois para serem mero empregador e empregada! Todos da empresa sabem disso! Até o senhor Rodrigo sabe disso, ninguém aqui é cego! – Então eu tinha um conselho a dar!                       

- Se não são cegos, eu dou a ideia certa de quando se levantarem de manhã, para abrirem os olhos, não virem para aqui de olhos fechados! – E era a verdade! Será que era difícil de se ver que eu e aquela arara rara não combinávamos em nada, nem sequer no número de chapéu, porque ele era sem dúvida um bicho cabeçudo!

- Menina insolente! Nem sei como ele pode olhar para isso! – Ouch! – És uma criança! Uma menina perdida que não tem para onde ir, e de uma coisa podes ter a certeza, arranjar um marido rico, não te irá trazer felicidade! Tu és uma cobra! – O que raio ela sabia da minha vida? Era necessário ir buscar um taco de basebol? Eu estava a começar a ficar tão cansada de tantas confrontações, que apenas me apetecia pegar no carro e desaparecer.

- Eu não ando atrás de ninguém! E a única cobra que vejo aqui, está despida, a acusar pessoas inocentes de algo que elas não fizeram! Eu espero que ardas um dia no inferno! – falei calma, não querendo demonstrar que as suas palavras me tinham atingido mais do que aquilo que consequentemente deveriam, mas eu estava a começar a achar que tinha sido a porcaria de uma decisão vir para aqui trabalhar! Mas também não poderia voltar atrás, eu sentia-me bem ali, a não ser que fosse pela Fátima, mas fora isso, não tinha razão de queixa, o Senhor Robert era um bom patrão e o Harry apesar de tudo, nunca se tinha atirado de cabeça, por isso, não iria embora apenas por uma bívora o querer. Teriam que me retirar dali á força, ou por justa causa, se eu errasse, o que é humano, pois todo mundo tem direito a isso, menos numa viagem!

- Eu prometo que eu ainda terei aquilo a que tenho direito! – berrou nos nossos ouvidos, pelo que eu pulei com o susto, sentindo as mãos do Harry na minha cintura, para que não caísse redonda no chão, mas a Fátima captou logo o movimento que ele tinha feito para me agarrar, pelo que tentou chegar-se a nós, mas o Harry atrás de mim, começou a rir.

- Se pensas que eu irei atrás de uma vigarista como tu, podes estar descansada que não faço questão disso! Além disso, mulheres como tu, uso e abuso! Se voltas a falar connosco assim, ou a dirigires-te a mim, sem ser nos corretos trajes, eu juro que te ponho na rua! Eu prometo-te isso Fátima! AGORA SAI! – Ele mexia as suas mãos na minha cintura, enquanto eu prestava atenção na Fátima a correr em direção á porta de saída, batendo-a com um estrondo, deixando-me boquiaberta com a reação dele desta vez, pelo que me voltei para ele, tentando entender o que se passava naquela cabeça.

- O que se passou para te trancares aqui? – Afastei-me um pouco dele, sabendo que as suas mãos mantinham-se no mesmo local, pelo que não me chateei, pois já começava a entender que cada vez que ele ficava em baixo, ou com raiva, ele apoiava-se nas pessoas e eu não poderia deixa-lo após o que ele tinha feito por mim!

- Estás atrasada! E por isso tive que ver aquela maluca despida. Eu pensava que eras tu Diana, porque infernos tens sempre que desfazer tudo o que eu digo? – Olhei para o chão, desviando o olhar dos seus olhos verdes esmeralda, que eram atrativos de mais para a minha saúde mental, sabendo que estava realmente chateada e maçada!

- Eu não fiz por mal, desculpa. – A sua mão tocou na minha face, fazendo-me olhar bem para ele, o que estava a ser difícil, porque eu queria ver o que estava lá.

- Eu sei que não, além disso, após o nosso almoço, já deveria saber que tu não gostas nada que te deem ordens, não é verdade? – Vi o pequeno sorriso na sua boca e eu apenas aproveitei para me encostar nele, porque sinceramente, eu também estava a necessitar daquilo. Talvez um dia pudéssemos ser amigos.

Talvez um dia, nos consigamos dar bem, um com o outro, sem que ele tenha que ser o atrevidão Styles e eu a tesoura para dar o corte.

- Estás cansada? – Acenei afirmativamente, enquanto via um grande pacote branco, que não fazia ideia do que tinha dentro, mas não iria perguntar. – Então, vamos para casa! – Descansou a sua cabeça no topo da minha, enquanto tinha os seus braços quentes ao meu redor, que simplesmente não conseguia largar naquele momento.

- Se calhar é melhor esperar um bocadinho! – falei calma, sentindo o seu coração batendo contra a minha face, o que era algo reconfortante de se sentir e ouvir, quando decidi prestar mais atenção ao pequeno som, que batia insistentemente no meu ouvido.

- Se calhar é melhor irmos para casa! Tenho uma surpresa, além disso, hoje vamos ao bar onde os nossos colegas de trabalho costumam ir, por isso, aviso-te que é melhor descansares, enquanto eu preparo o jantar! – WOW, homem a cozinhar é um enorme problema! Será que deveria chamar os bombeiros como precaução?

- Devo preocupar-me? – falei sonolenta, afastando-me um pouco e olhando nos seus olhos, que já me encaravam, pelo que eu sorri, vendo a confiança colada na sua face.

- A minha mãe ensinou-me a cozinhar Diana, não vai ser necessário entrares em parafuso, poderás descansar á vontade, prometo que não irás necessitar de comprar um apartamento novo! – Oh oh! E por falar nisso, eu ainda não tinha procurado o apartamento para mim, o que me estava a dar uma trabalheira dos Diabos para iniciar.

- De qualquer das maneiras, eu tenho que arranjar um novo. São demasiadas recordações e sonhos lá! Quero recomeçar numa nova casa!

- Diana, uma casa é apenas uma casa, o importante é o que tu fazes com as memórias que tens nela. – Porque infernos ele tem que parecer culto agora? EU deveria estar a dar em louca, como é o costume, mas bem, poderia ser pior.

- Provavelmente, - desabafei, olhando para o relógio atrasada como tudo. – Harry, temos que ir, ou o supermercado irá fechar, temos que nos despachar! – Eu fui a correr agarrar a minha mala, voltando para o escritório dele, vendo-o na porta, com o embrulho nas mãos, que não me contou o que possuía, o que provavelmente era pelo melhor, porque a minha curiosidade não tinha nada que levar a melhor de mim!

- Vamos? – Perguntei, puxando-o para o elevador para mexer aqueles grandes pés que demoravam uma eternidade a andar para a frente, como se tivessem cola nos sapatos, mas dei um jeito, puxando-o atrás de mim com rapidez, enquanto me apercebia que o Elevador estava parado neste andar, o que era reconfortante.

- Eu acho que ainda vou cair com a pressa Diana, vai com calma! – falou assim que entrou no elevador, sorrindo que nem um bobo, pelo que não liguei, pressionando o botão para o rés-do-chão, onde os carros estavam estacionados, ajudando-nos a sair dali o mais depressa possível.

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Voltei voltei! Voltei! Voltei!!! E VOLTEIIII!!!!

Hurra para mimmmm!

Espero que estejam a gostar de Womanizer!

Será que o nosso Haroldo anda a mudar de estilo de vida? 

Ou será que ele quer apenas usar a Diana?

Fiquem atenta á Fic, Womanizer!

Beijinhos

Womanizer. HSOnde histórias criam vida. Descubra agora