Womanizer. HS

48. Rotina do dia a dia 🌹

Levei a pequena para a sua escolinha e retornei para a Pastelaria, fazendo novamente o meu trabalho, marcando uma consulta num ginecologista, pois queria começar a seguir o crescimento e formação do meu bebé o mais rápido possível!

Sentia-me apenas um pouco cansada, mas estava feliz, porque apesar de tudo, tinha muito mais do que aquilo que me poderia dar ao luxo de sonhar, se bem, que aquela dor, sempre retornava para mim, durante a noite, quando me apanhava sozinha, ou quando pensava no pequeno bebé a formar-se no meu interior, mas teria que ser forte por nós os quatro, pois eu iria superar as coisas. Não tinha outra escolha.

- Bom dia Diana! – olhei para a nossa cliente regular e sorri, ajudando-a a sentar na cadeira, pegando na sua mão, cuidadosamente, pois não queria que a senhora caísse para o chão, como quase tinha acontecido anteriormente, com outras serventes.

- Bom dia Dona Theresa, como está hoje? – a senhora tinha olheiras e parecia cansada, provavelmente não tinha dormido muito bem, mas era estranho vê-la assim.

- Olhe minha querida, hoje o seu pai andava aos berros para o telemóvel e eu conseguia ouvir em minha casa! Ele berrava com um senhor Robert e dizia para que ele se mantivesse longe de ti! Ele e a família dele! – o que? O meu pai estava a afastar a família Styles de mim? Porque seria? Eles tinham perdido um filho e ele queria privá-los de conhecerem o neto? Como é que ele pensava que isso era para o meu bem, se isso foi a primeira coisa que fiz, quando saí do hospital.

- Sinto muito, ele tem tentado proteger-me. Eu falarei com ele e pedirei para fazer silêncio! Deseja o diário? Torradas com chá e mel? – Ela apenas acenou afirmativamente, agarrando a minha mão, surpreendendo-me, pelo que me virei para ela calmamente.

- Olha, minha querida, não deixes que ninguém estrague os teus sonhos. Eu passei por isso, os meus pais proibiram-me de amar um homem, que eu ainda hoje em dia amo, ele faleceu á dois anos, mas ele morreu nos meus braços a professar o seu amor por mim! – Eu bati na sua mão com palmadinhas suaves, sabendo o que ela queria dizer, a dor que ela tinha sentido e ainda sentia, ela nunca iria embora.

- Dona Theresa, eu fui separada do homem que amo, por uma arma e uma bala, nas mãos do homem que queria destruir o meu pai, infelizmente, não tenho mais nada pelo que lutar! Eu vou buscar as suas torradas e o seu chá! – Ela sorriu triste e eu fui para a cozinha, preparando tudo e servindo á idosa mulher, vendo o seu ar de nostalgia, perguntando-me, se por vezes, eu também ficava assim!

Eu tinha muito para me agarrar a esta vida agora, mas sabia também, que apesar de ele ter morrido, ele continuava a ser uma das grandes forças, que eu possuía no meu interior, pois o sentimento que tinha por ele, ainda estava tão forte, quanto no dia em que tínhamos feito amor!

Voltei para o balcão e aproveitei a calmaria de clientes para ir comer alguma coisa, enquanto a Felicité tratava de esperar se alguém entrasse. Comi descansada e logo depois entrei, vendo uma figura conhecida a sair da pastelaria, mas não conseguia reconhecer a 100%, porque a porta fechou-se assim que eu entrei, mas talvez fosse impressão minha.

- Entrou muita gente? – Ela apenas disse que não, vendo o ar sonhador na sua cara, pelo que ignorei o resto, vendo o horário das refeições a começar, pelo que atendi os meus clientes e servi com rapidez e eficiência, sendo o mais rápido possível, pois hoje o movimento estava muito alto, o que me fez estranhar, mas a única coisa que eu sentia, era o cansaço a começar a acumular, mas hoje com sorte, eu tinha a tarde de folga, pelo que pelas duas, eu já estava no exterior da pastelaria, suspirando e transpirada.

Andei até casa e procurei na agenda do meu pai, o nome do Robert, pelo que caminhei até a uma cabine telefónica e liguei para eles.

O telemóvel tocava e tocava, pelo que não me atendeu, assim, desisti, retirando o meu dinheiro e caminhando de regresso para casa, até que o telefone tocou e eu corri rapidamente para o atender.