29 - O que sentirias se ela namorasse com um rapaz como tu!

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O filme foi passado entre pulinhos e tentativas de não deixar cair as pipocas, o que o Harry ajudava realmente nisso, ou pelo menos, tentava!

- Diana, como vieste parar à grande cidade de Londres? - bem, como é que eu lhe iria contar isso, enquanto tremia a ver os créditos à passar com aquela música horrorosa, que eu, sem dúvida detestava!

- Nasci em Chechire, mas o meu pai tinha muitos trabalhos em Londres, por isso tínhamos, cá casa, assim, eu quando me juntei, decidi que viriamos para Londres, além disso, eu estudei cá na faculdade e adorei, assim, quando saí, vim trabalhar com o teu pai e adorei. - apenas não podia falar no quão difícil foi adaptar-me e usar o trabalho como uma forma de fugir do meu ex noivo.

As coisas já não andavam bem e ambos sabíamos disso, mas apesar de tudo, eu tinha continuado a amá-lo, mesmo sabendo que ele não era o mesmo comigo como antes.

- Estudaste aqui? Em Londres? És pouco mais nova que eu, porque nunca te vi, se somos praticamente da mesma idade? - como é que se explica ao filho de uma pessoa bem sucedida, o que acontece nessas escolas?

- Harry, tu eras popular, tinhas dinheiro e um monte de amigos! Eu, era o nível baixo, aluna de notas altas e bolsa de estudo, que trabalhava na padaria a meros metros da faculdade, que lutava para sobreviver e acima de tudo, desaparecer daquele mundo de alunos, que se tentavam matar uns aos outros, além disso, era negligenciada pelos outros porque tinha aparelho. Uma necessidade básica, pelo qual todos gostavam de gozar comigo, o que não era nada agradável! - para não falar que eu tinha a pele super clara e mais parecia um vampiro, que qualquer outro tipo de pessoa normal, mas isso não era necessário dizer - se.

- Onde anda esse aparelho? Se te esforçavas tanto, porque é que eles gozavam assim tanto contigo? Apenas pelo aparelho? - Eu tinha que fazer um desenho? Ele não podia ser assim tão distraído! Ou isso pensava eu!

- Desapareceu no último ano, quando vim para aqui trabalhar, além disso, arranjei roupas "elegantes" após sair da escola e todos agora olham para mim, de lado claro, pois fui a única que conseguiu vir trabalhar com o teu pai e isso, eu agradeço imenso, ele não faz ideia!

- Espera lá! Havia alguém a quem chamávamos totó metálica, e burra, mas ela não era como tu, ela era magrissima, não usava maquilhagem e aquele aparelho enorme assustava um pouco, pelo menos se estivesse perto. Era um pouco anti social, nunca teve amigos ou conhecidos, era como se não vivesse neste mundo. - claro não é Harry, se te tratassem assim, tu sem dúvida que te isolarias e lutarias para fazer o melhor possível.

- Sim, essa era eu. Tinha pouco tempo para mim, não conseguia ir à praia pois não tinha mãe e ficava sozinha em casa, pelo que estudava a todo o momento enquanto o meu pai estava na garagem de volta do raio do carro.

- Eu já tinha reparado em ti nessa altura, apenas necessitavas de tomar um pouco de conta de ti, nada mais. Ainda bem que apesar de tudo, fizeste tudo o que devias, mesmo que ninguém te tenha dito nada. - como assim, ele tinha reparado em mim? Ninguém reparava em mim, nunca! Como é que logo o Harry Styles repararia em mim?

-Harry, não precisas de mentir okay? Ninguém reparava em mim, por muito que eu gostasse de pensar que sim. Eu passava a vida em aulas e no trabalho, eu apenas servia para estudar e trabalhar, não tinha tempo para nada mais, sei que é patético, mas é verdade! - não queria transformar aquilo numa discussão, mas não tinha nada a dizer, a não ser aquilo que eu sentia na altura, eu nunca senti o apoio de ninguém a não ser na altura em que me encostaram à parede e quase me bateram, o que eu agradeci, mesmo não sabendo quem me tinha ajudado.

- Não sou mentiroso, nem estou a mentir, Diana! - olhei para os seus olhos verdes e conseguia ver a sinceridade neles, o que me deixou um pouco aliviada. - eu sempre reparei na rapariga que trabalhava na padaria do Samuel, podia não ser linda, mas tinha personalidade, notava - se que ela sabia o que queria, o que era muito bom naquela altura, em que todas as pessoas pensavam em aparências acima de tudo, apenas não sabia que eras tu, Diana! Nunca tivemos aulas juntos e nunca tinha descoberto o teu nome nessa altura, até porque assinavas os teus cadernos como Mandy, o que é estranho! - eu apenas sorri, percebendo que afinal naquela altura ele não era assim tão superficial o que eu agradecia.

- Como sabes disso? Ninguém sabia disso a não ser eu! - eu estava sozinha na sala, tinha um dormitório só para mim e ninguém me chateava, o que era óptimo, mas ele sabia mais do que aquilo que devia, o que será que ele tinha descoberto mais sobre mim!

- Bem, eu apanhei-te naquele dia que tu desmaiaste, em que eles te intimidaram, apenas queria saber o teu nome, só isso, já que ninguém o dizia. Mas Diana, quem te fez desmaiar naquele dia, foi o teu ex - noivo, tu não o viste, mas foi ele! Eu não estou a mentir, acho que sabes bem, que eu não gosto de mentir a família! - Como é que eu poderia duvidar de algo, se ele parecia tão sério a falar! Como?
Além disso, não tinha razões de queixa do Harry e até agora, ele tinha sido verdadeiro para mim, até mesmo em relação ao seu pai e em tudo, porque mentiria agora? Não conseguia ponderar isso, sinceramente porque ele sempre me tinha ajudado. Como poderia duvidar?

- Obrigada pela ajuda Harry, eu já não sinto nada em relação a ele e ao passado, eu lutei tudo o que tinha a lutar e ultrapassei todas as minhas mágoas, o que eu realmente adorei, pois tornei - me mais forte, mas se um dia, eu ponderasse ir a uma reunião daquelas que fazem todos os anos, podes ter a certeza que não correria muito bem! - todos os anos apareciam os convites, apenas porque trabalhava para o Robert, mas eu sabia bem qual era a ideia, ter uma palhaçada na festa, pelo que nunca compareci!

- Eu também nunca apareci a isso, eu estava demasiado ocupado a vigiar a secretaria do meu pai e a picá-la ao máximo, o que era bom de se ver! Fiquei muito admirado com a tua garra e todo o trabalho que fazias e mesmo assim, não te queixavas por nada. - Será possível que ele não poderia ter admirado outra pessoa na sua empresa? Tantas mulheres que ali trabalhavam todos os dias e teve logo que me admirar a mim! Que sorte macaca que eu tinha!

- Harry, não vamos por aí! Sabes bem que tinha vontade de te matar por me obrigares a meter as raparigas na rua, por fazer o teu trabalho sujo! Só me apetecia mesmo dar - te uma lição para ver como te sentirias se alguém te fizesse o mesmo! Mas apenas tenho uma coisa para te perguntar!

-o que? - ele estava desconfiado, mas não era como se lhe fosse eraspetar uma faca nas costas, mas mas a ideia não era essa!

- Calma Harry, não te vou fazer nada de mal, apenas perguntar uma coisa! Fecha os olhos! - ele duvidou novamente mas lá os fechou, encolhendo os ombros quase a dizer que se rendia. - imagina que tinhas uma filha Harry! Que ela namorava com um rapaz como tu na altura, o que sentirias? - Sei que não era um assunto fácil para se falar, mas tinha que o fazer entender a verdade, apesar de não ser nada fácil de lidar.

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Bom fim de semana minha gente!!! sei que tenho andado ausente, mas com um trabalho novo, as coisas ainda se andam a encaminhar, vamos ver ;) espero que estejam a gostar. Beijjnhos Grandes e até ao próximo capítulo que vai ter novidades!!!

Womanizer. HSOnde histórias criam vida. Descubra agora