Nothing's gonna hurt you

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Hey! Voltei mais cedo hehe E OBRIGADA PELOS 3K DE VOTOS EM WTE! 

Meu dia hoje foi uma merda, tomei dois banhos de chuva, fiquei com dor a maior parte do tempo e meus olhos estão ardendo de sono, mas eu não quis enrolar na att, então terminei de escrever hj pra postar \o/

bom, eu revisei uma parte do cap, então me perdoem os erros de ortografia, eu estou com tanto sono e tão cansada q to enxergando duas telas de computador aksjdnaksjdnkajsdn sorry

espero que gostem do cap, ele ficou imenso, de novo e teremos muitas surpresas aqui :)

Boa leitura!

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Em situações de perigo e desespero, o primeiro mecanismo acionado no seu corpo é a adrenalina. Você se sente como em uma corrida, onde seu oponente é o tempo e ele é um ótimo competidor. A primeira reação que se tem é a de correr, gritar, tomar qualquer decisão que vier a mente, mesmo que não seja plausível ou coerente. A loucura muitas vezes aparece como uma perfeita aliada e você faria de tudo para vencer ao lado dela. No entanto, somado a todos esses sintomas psicológicos e neuronais, existem os físicos e, apesar do seu cérebro querer enviar sinapses na velocidade da luz, seu corpo se recusa a se mover. Como se estivesse congelado no lugar.

Kara sentia-se assim: congelada. O sangue em seus dedos fizeram seu coração falhar e sua respiração ficou quase inexistente. Era como ver Krypton explodindo atrás de si e enxergar seus pais acenando ao longe por ter que se desfazer da única filha, herdeira de uma população inteira. Por mais que quisesse gritar e chorar, nada saía da sua garganta, seus olhos permaneciam secos e seus lábios quase racharam com a força com que os mordia. Lena ainda continuava sobre o seu colo, os fogos explodindo alto do lado de fora, fazendo todos sorrirem e se abraçarem, enquanto a loira perdia seu mundo novamente. A angústia a comia viva por dentro, rasgava seu interior como uma presa devora sua caça.

Estava perdendo a melhor amiga. Estava perdendo sua única filha.

A luz vermelha da lâmpada do banheiro ainda sugava suas energias, tirando seus poderes e a cansando rapidamente. Queria correr dali, voar para qualquer lugar silencioso e prometer mil vezes a sua namorada que tudo ficaria bem, que ela as salvaria a tempo, que tiraria toda a dor e medo dos olhos dela. Queria poder gritar, chamar ajuda, falar para Lizzie não desistir, não ir embora, porque se despedir dela seria como assinar a própria morte e Kara não queria morrer, não agora. Não quando havia encontrado sua casa, sua família e uma razão inteiramente nova para continuar a viver. Quando disse que amava a Luthor, suas palavras tinham um peso completamente diferente das outras vezes em que as proferiu. Amava Lena mais do que podia explicar e todo seu corpo doía ao conter esse amor num organismo de aço.

Não havia muito o que fazer naquele momento, sair de casa estava fora de cogitação, os fogos acabariam machucando mais ainda a mãe e o bebê. Mas ela queria agir e ter a morena suja de sangue em seus braços a estava assustando demais. O pavor era visível nas íris cristalinas azuis da pequena Danvers. Segurou o rosto da mulher que amava em suas mãos, repetiu quantas vezes conseguiu que a salvaria e a tiraria dali. Beijou cada centímetro dele, começando pelos olhos, nariz, bochechas e então sua boca pálida e seca. Quase silenciosamente, Kara passou a rezar. Pediu desesperadamente a Rao para que não a abandonasse de novo, para que não a fizesse perder a família e para que mantivesse sua filha sã e salva. Lizzie era uma kryptoniana, cresceria aprendendo sobre sua família, seu planeta, seus avós e seu deus.

Pediu, pediu e pediu, até não conseguir falar mais nada. Apenas desejou que Rao a atendesse o mais rápido possível.

— Alex, o que eu faço? — sua voz falhou — o que eu faço...

What to expect (When you're expecting)Onde histórias criam vida. Descubra agora