Capitulo 7

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Entrei na sala de aula 5 minutos atrasada e sentei-me no lugar do costumo. A minha vontade de ficar na aula era nula. 

O professor começou a explicar a matéria nova, mas eu não conseguia pensar em mais nada além de André e no medo que sentia.

A meio da aula recebo uma mensagem. Esperava que fosse do André, mas não.
Era de uma amiga, Catarina.

-O que vais fazer no sábado?

-Nada, porquê?- perguntei.

-Queres ir sair comigo e com a Bia sábado à noite?- perguntou.

Eu não me dava muito bem com Bia e ir sair depois de ter entrado em coma alcoólica há menos de um mês não me parecia uma boa ideia. Sabia que a minha mãe não ia deixar, mas decidi perguntar na mesma. Não me apetecia sair, mas tinha saudades da Catarina.

-tudo bem, vou perguntar a minha mãe e já te digo algo.

Quando a aula acabou, fui em direção ao carro da minha mãe. Entrei em silêncio porque apercebi-me de que ela estava ao telemóvel. Quando o telefonema acabou iniciamos conversa.

-Olá mãe.

-Então filha.- respondeu. Eu sei que ela está de bom humor quando diz "filha", então aproveitei.

-Mãe? Queria-te perguntar se posso ir sair com a Catarina e a Bia sábado à noite.

-Depois do que te aconteceu não me parece uma boa ideia Ileana. -respondeu grosseiramente.

-Por favor mãe. Prometo que não faço nada demais.

Depois de muitas tentativas, consegui convencê-la. Mandei mensagem a Catarina a confirmar que ia.

*
Sábado chegou. Acordei por volta das 10:30 e levantei-me para ir até a casa de banho. Quando voltei para o quarto olhei para o telemóvel e apercebi-me que o André ainda não tinha mandado mensagem a desejar um bom dia como faz sempre, não falamos mais depois da minha saída parva no dia anterior. Senti que a culpa de ele não ter dito nada era minha.

Tentei não pensar muito no assunto, mas foi uma tentativa falhada. Eu realmente me importava com ele, com a forma como ele me tratava, com a sua presença... para mal dos meus pecados já estava demasiado apegada aquela pessoa que me fazia sentir nervosismo sempre que se aproximava.

Desci até a cozinha para comer qualquer coisa uma vez que o meu estômago parecia estar colado nas minhas costas com tanta fome que tinha.

Quando acabei de comer, subi em direção ao meu quarto, entrei ficando a pensar se tinha alguma coisa de importante para fazer, quando me apercebi que não deitei-me e acendi a televisão. Os meus mal ditos sentimentos, aqueles que eu não sentia há muito tempo, estavam a fazer com que a minha mente desse cabo de mim. Não parava de pensar no André. Eu queria me afastar, eu tinha medo de me magoar como já me tinha magoado, mas era tarde demais.

Estava deitada a culpar-me e a rebaixar-me por causa do afastamento quando sou interrompida pela som de uma mensagem. Eu só queria que fosse daquela pessoa.

-bom dia princesa.

Sorri ao ver o nome da pessoa que a tinha mandado. Ele não desistiu.

-bom dia.- respondo.

Falamos durante o resto do dia.

As 18:00 comecei a despachar-me para ir para a casa de Catarina. Eu e a Bia íamos jantar lá para irmos todas sair.

Silêncio Profundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora