Capitulo 18

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Estávamos em agosto. O sol brilhava com intensidade. O céu estava limpo e o dia estava quente. Um dia de verão perfeito.

As férias de verão passavam a correr.

Acordei por volta das 11:00 horas.

Olhei ao telemóvel e tinha uma mensagem de André, a mesma que recebera todos os dias, gostava de receber aquelas mensagens, significava que ele lembrava-se de mim assim que acordava.

-bom dia princesa!

Respondi a mensagem com um bom dia e fiquei durante alguns minutos na rede social Twitter.

Era sexta feira. Tinha ficado combinado ir acampar com o André e com os pais no sábado, ficávamos lá três dias.

-o que queres fazer hoje?- perguntou passados alguns minutos.

Fiquei a pensar durante algum tempo. Não me ocorria nada.

Ele surgiu que fosse para a casa dele passar a tarde e eu aceitei.

Levantei-me da cama, tomei um banho e vesti a roupa que tinha escolhido. Uma t-shirt com umas calças de ganga. Apesar de estar bastante calor, era raro vestir calções, tinha demasiados preconceitos, ninguém dizia que eu tinha um corpo feio, muito pelo contrário, toda a gente dizia que eu tinha um corpo perfeito, mas alguma coisa me impedia de o ver com essa perspectiva.

Depois de me despachar fiquei a fazer tempo até a hora do almoço. Comecei a ler um livro até a minha mãe chegar do trabalho.

-Ileana.- chamou quando entrou em casa.

Eu estava no meu quarto e não me apetecia levantar da cama, então gritei para que ela pudesse ouvir a minha resposta.

-sim?-gritei alto o suficiente para ela ouvir.

-vamos almoçar.- respondeu.

Revirei os olhos. Nunca almoçávamos em casa, excepto aos domingos. Almoçávamos na casa da mãe do meu padrasto, Paulo, que morava a nossa frente.

Nunca intendi a ideia dele, sair de casa dos pais para viver numa casa mesmo em frente. Quando tiver a minha própria casa certamente não vou ser vizinha dela. Não que eu não a queira por perto, mas sei que não vou ter privacidade, assim como Paulo não tem nem nós. A mãe de Paulo controla tudo, ela sabe quantas vezes vamos a casa de banho por noite se for preciso, o que é assustador, não deixa escapar nada.

Como não tinha outra escolha, levantei-me da cama e fui para baixo.

-Então?- disse para a minha mãe, não era um olá, mas era como se fosse.

-então.- respondeu.

O clima estava pesado. Parecia estar chateada com alguma coisa.

-vou almoçar, não vens?-perguntei olhando-a da porta da cozinha. Ela estava sentada em frente ao tablet a fazer coisas do seu trabalho.

-vou já.-respondeu.

Virei de costas e fui para a casa da mãe de Paulo.

-Boa tarde.- disse assim que entrei.

Ouvi a piada que ouço sempre do pai de Paulo.

-Se é tarde que viesse mais cedo.

-ho Pois...- respondo antes de ele dar uma gargalhada.

Sentei-me a mesa e comecei a comer.

A minha mãe e Paulo chegaram quando eu já ia a meio da refeição, o meu irmão mais velho chegou depois.

Silêncio Profundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora