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Pov Justin

Vejo a Abby sair em direção aos banheiros, claro, não fiz nada, novamente, mas o que ela esperava? Que eu me jogasse na frente para ser atingido ao invés dela? Qual é, vê se tenho cara de herói.

  Ando a passos largos em busca da mesma, afinal, preciso fazer meu papel.

Entro nos banheiros femininos a tempo de vê-la tirando a blusa para tentar em vão, limpar a grande mancha de café.

- Abby? Você está bem? - Digo enquanto tranco a porta.

- Óbvio que não Justin, estou toda suja, não tenho outra roupa, vou perder o dia de aula, e você ficou olhando tudo como se não tivesse relação com você. - Ela Diz exasperada com os olhos vermelhos de raiva e por ter chorado. - Suspiro.

- Me desculpa, fiquei sem ação, eu deveria ter feito algo, prometo falar com ela, somos adultos, não é? - Digo me aproximando e tocando em sua cintura.

Ela imediatamente percebe que está somente de sutiã em minha frente e suas bochechas ganham uma cor avermelhada enquanto ela tenta se cobrir, sem sucesso.

Encosto seu leve corpo contra a pia, enquanto me aproximo do seu ouvido.

- Não precisa se cobrir, prefiro eles assim. - Digo com uma voz rouca sentindo sua pele se arrepiar ao meu toque. E penso, ela caiu.

Pov Abby

Sinto suas mãos apoiarem em minha cintura, enquanto ele me coloca com uma enorme facilidade em cima do mármore gelado. Oh não, isso definitivamente não deveria acontecer. Estou paralisada. O desejo que sinto por ele é maior do que a palavra em minha mente, me mandando parar.

  Justin fica entre minhas pernas para diminuir a distância entre nós, e eu só consigo pensar no quanto seus olhos conseguem me entorpecer, vejo-os escurecer de excitação, enquanto seu rosto se aproxima do meu pescoço e sua respiração quente faz meu corpo tremer.

Ele distribui beijos lentos, enquanto tento prender meus baixos gemidos. Tarefa falha quando ele desliza sua mão para o meu cabelo, dando leves puxadas, suspiro com a boca entreaberta.
Ele esquece meu pescoço, e se move para minha boca pressionando várias vezes seus lábios contra os meus, como se pedisse permissão, como se precisasse da minha permissão. Deixo então sua língua tocar na minha, e quando elas se tocam, eu percebo, é o fim.

Nossos lábios se movem com urgência, com excitação, com paixão. Coloco minha mão em sua nuca querendo mais dele.

Em um momento de lucidez percebo o que estamos fazendo, é errado, ele é errado.

- Justin, nã... o devemos. - Digo com dificuldade e o vejo parar de me beijar. Sinto um alívio tortuoso, mas minha tensão logo volta quando ele diz. - Ssshh, aproveite, não vou fazer nada com você, não agora.

Mal consigo raciocinar o que isso significa, quando vejo suas mãos subirem ao feche do meu sutiã, e segundos antes de acontecer algo que eu certamente me arrependeria, alguém bate na porta.

- Caramba, o banheiro não é só seu, existem várias cabines, sabia? - Diz a pessoa extremamente irritada.

- Me des...culpe, estou saindo, tive um problema com minha camiseta. - Digo nervosa demais, olhando Justin que está com suas mãos nos bolsos com uma expressão neutra e satisfeita,  esbanjando seu típico sorriso de lado.

Me visto rapidamente, pensando que o cheiro de café nunca mais irá sair da minha pele, assim como o de um certo homem....

Dou um salto da bancada, saindo ligeiramente do banheiro pedindo desculpas a moça, e deixando Justin, para se explicar o por quê de estar no banheiro feminino.

Pov Justin

Porra, seus seios ficam tão bem naquele sutiã, só de lembrar que estive perto de colocá-los em minha boca, Argh, merda.

Vejo-a sair envergonhada e tropeçando nos próprios pés, enquanto uma morena entra no banheiro.

- O que faz aqui? Tem escrito bem grande "FEMININO" ali. - Diz ela tentando ser séria, porém morde os lábios quando vê a elevação da minha calça e roça suas pernas demonstrando um interesse que logo capitei. Vadia.

- Eu sei que você quer me chupar, a vontade. - Digo querendo me livrar daquela excitação causada por Abby.

- O que? Não, eu não faço esse tipo de coisa. - Diz ela me olhando enquanto passa sua língua pelos lábios. E eu sou o Bob Marley. Penso.

- Não se faça de difícil gracinha, nosso tempo está acabando, anda. - Digo perdendo a paciência e abrindo o zíper. Ouço-a fechar a porta e vir em minha direção. Reviro os olhos.

                           [...]

- Não me olhe como se isso nunca tivesse acontecido, sai da minha frente, não vou te foder, se é o que pensa. - Digo com tédio e saio do banheiro em direção ao meu carro, preciso encontrar os caras e resolver aquele assunto.

Quando chego ao local marcado, Ryan e Christian já estão recebendo a carga de drogas deste mês, penso que chega a ser engraçado, eu, fazendo direito, metido em tráfico de drogas.
Desde o início conversei com os caras que isso só seria para rolar uma grana fácil, até finalizarmos o curso, irônico, não?

- A princesa estava se arrumando para me ver? - Diz Ryan debochando da minha demora.

- Não, sua mãe que demora para me chupar, ainda fica babando a porra do meu pau. - Digo sorrindo enquanto vou checar o malote de dinheiro.

- As damas podem parar de gracinha? Isso é trabalho, e tempo é dinheiro. Bieber, já entregamos a primeira carga, esse malote é o pagamento de 65%, sabe como esses caras são, o restante só vem depois que "degustarem" da droga. - Christian diz revirando os olhos.

- Tanto faz, logo vamos parar de fazer essa merda, já está me enchendo a porra do saco. - Digo me jogando no sofá próximo.

- Parece cansado Bieber, estava com a ruivinha? - Diz Ryan com um sorriso malicioso.

- E se eu estivesse? Ciúmes Ryan? - Digo enquanto acendo um baseado.

- Não sou eu quem fica correndo atrás dela como um cachorrinho. - Fecho a cara.

- Você só fala merda, Butler, quando eu fodê-la, pode ficar a vontade, sabe que não uso figurinha repetida, e você adora pegar os meus restos. - Digo enquanto ouço Christian rir de toda a situação.

Vejo Ryan pegar sua parte da grana enquanto se retira, resmungando como sempre.
Fico um longo tempo, bebendo e fumando com Christian, enquanto resolvemos toda a finalização da venda de drogas que será daqui a 5 meses, uma semana antes da nossa formatura.

Scars Of A LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora