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–  Nina


    A paisagem perante mim era linda. Luzes iluminavam esta cidade juntamente com a Lua no céu azul-escuro, acompanhada de imensas estrelas, – umas pequenas, outras grandes. O que tornava tudo melhor era a presença de Luke ao meu lado. As nossas mãos estavam entrelaçadas no acto mais simples e inocente de todos, mas ao mesmo tempo íntimo. A minha cabeça pousada no seu ombro e o seu braço em volta da minha cintura. Os seus belos olhos azuis brilhavam com a luz do luar e o seu cabelo estava mais brilhante que nunca. Eu conseguia ver o seu brilho. Eu sabia que Luke tinha importância e que o Mundo sem ele não seria o mesmo.

    Dois dias já se tinham passado desde a noite em que Luke dormira na minha cama. Agora estávamos juntos, – mais juntos que nunca. Ele, de certa forma, convenceu-me a sair de casa às escondidas. Disse-me que me queria levar a um sítio, e eu alinhei. Queria aproveitar todo o tempo que pudesse com ele. Não me cansava de Luke. Ele era tudo para mim.

    "Chegámos" – ouvi a sua voz num pequeno murmúrio. Olhei em frente e deparei-me com uma feira de diversões. Música era ouvida em todo o lado e pessoas andavam rapidamente, – umas com família, outras sozinhas.

    "Nunca vim aqui" – esbocei um curto sorriso, abraçando Luke de lado. Ele apenas me deu um pequeno beijo na bochecha e começou a caminhar comigo.

    "Queres ir aonde primeiro?" – inquiriu, balançando as nossas mãos para a frente e para trás.

    "Hm... Vamos comprar algodão doce!" – acelerei o passo e puxei o seu braço para que ele me seguisse. Quando chegámos a uma espécie de loja, paguei e esperei que a senhora me desse o tal pau de madeira com algodão doce cor-de-rosa à volta dele.

    "Eu podia ter pago" – ouvi Luke a dizer num murmúrio, seguido de um suspiro longo. Pequenas gargalhadas escaparam da minha garganta e abanei a cabeça negativamente.

    "Paguei eu desta vez" – encolhi os ombros, começando a tirar pequenos pedaços do algodão para colocar na minha boca – "Queres?"

    "Estou amuado" – cruzou os braços ao peito, colocando no rosto uma expressão séria. Revirei os olhos, querendo sorrir. Meti-me de bicos de pés para depositar um beijo na bochecha de Luke mas ele desviou-se. Agarrei o seu rosto com a minha mão livre e pressionei os meus lábios contra os dele violentamente, começando depois a andar em direcção à Roda Gigante.

    "Nina!" – percebi que ele estava exactamente atrás de mim, o que me fez dar uma pequena risada.

    "Hm?"

    "Tenho medo de alturas" – ele disse ao meu ouvido assim que chegámos à fila.

    "Agora vais perder esse medo, então" – agarrei na sua mão, voltando a entrelaçar os nossos dedos, e pude sentir que ele estava a tremer – "Relaxa"

    "Podia ter escolhido outro sítio para virmos" – ele falou num tom baixinho, dando um meio sorriso.

    "Tarde demais" – mostrei-lhe a minha língua provavelmente rosa.

    Acabámos por nos sentar num pequeno cubículo, lado a lado. Luke apertou a minha mão como se tal coisa dependesse da sua vida e eu não parei de sorrir o tempo todo. Quando a roda se começou a mexer, ambos olhamos para cima, podendo ver a Lua e as estrelas ainda mais próximas. Os prédios iluminados adicionavam uma extrema beleza a tudo isto.

    "A vista é linda" – disse num tom baixo, sorrindo largamente. Luke deixou de fazer tanta força na minha mão e apenas entrelaçou os nossos dedos, aproximando-se ligeiramente de mim.

    "Qual vista?" – ele questionou. Quando o encarei, ele estava a olhar directamente para mim. Encolheu-se um pouco para ficar ao mesmo nível que eu.

    Levei a minha mão livre à sua bochecha e esfreguei o meu polegar na mesma, não desviando o olhar dos seus olhos azuis, cor de oceano. Os seus lábios estavam ainda mais chamativos hoje, com a argola preta sobre eles. O seu pequeno nariz que se curvava um pouco para cima no fim brilhava devido às luzes, assim como a sua vista.

    Eliminei o espaço entre nós, juntando os nossos lábios, e fechei automaticamente os olhos. Até diria que o que estava a acontecer era totalmente parecido a cenas de filmes românticos se a roda não se tivesse começado a movimentar de novo, fazendo com que as nossas testas embatessem uma na outra.

    "Autch" – comecei a rir ligeiramente alto. Luke acompanhou as minhas gargalhadas. Pousei a cabeça no seu ombro enquanto um sorriso continuava delineado nos meus lábios, e, o resto da nossa pequena viagem à Roda Gigante foi assim. Com o som de risos espontâneos, acompanhados pela música que estava a dar juntamente com as falas das pessoas à nossa volta. E, sinceramente, não podia ter sido mais perfeito.

Treehouse ➤ Luke Hemmings [Completed]Onde histórias criam vida. Descubra agora